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Papa alerta contra 'sectarismos'e pede 'inclusão em todos os níveis'

Francisco, que chegou ao Equador no domingo, 5, falou em sua homilia sobre questões sociais, as injustiças e conflitos globais

13:59 | 07/07/2015
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O papa Francisco alertou nesta terça-feira sobre "os sectarismos" e a tentação das "ditaduras" e "lideranças únicas", em sua segunda missa campal no Equador, durante a qual pediu "inclusão em todos os níveis" e "diálogo" no País.

"A imensa riqueza da diversidade (...) nos afasta a tentação de propostas mais próximas das ditaduras, ideologias e sectarismos", advertiu Francisco no Parque Bicentenario de Quito na presença de 900.000 fiéis.

A este respeito, ele chamou a "lutar pela inclusão em todos os níveis" e promover o "diálogo" em uma aparente referência às manifestações contra e a favor do presidente Rafael Correa, que participou da missa.

"Aquele grito de liberdade prorrompido pouco mais de 200 anos atrás não careceu de convicção nem de força, mas a história nos conta que só foi forte quando deixou de lado os personalismos, o desejo de lideranças únicas, a falta de compreensão de outros processos libertários com diferentes características, mas não antagônicas", lembrou Francisco.

O Papa lançou seu desejo por uma "revolução" para evangelizar a América Latina, para que se torne "um grito" para "curar as feridas", "construir pontes" e lutar "pela inclusão em todos os níveis".

[SAIBAMAIS 4]Francisco, que chegou ao Equador no domingo, 5, falou em sua homilia sobre questões sociais, as injustiças e conflitos globais.

"Constatamos todos od dias que vivemos em um mundo dilacerado pela guerra e pela violência", disse ele.

"Seria superficial pensar que a divisão e o ódio afetam somente as tensões entre países ou grupos sociais. Na verdade, são a manifestação desse 'individualismo difuso' que nos separa e nos confronta".

A "revolução" defendida pela Igreja na América Latina é comparável à protagonizada há 200 anos pelos países sul-americanos para conquistar a independência da Espanha, e de acordo com o Papa nasceu "da consciência da falta de liberdades".

Francisco vestiu sobre a batina branca uma casula com impressões em preto e branco feitas por índios.

Em sua homilia, também convidou todos a "confiar seu coração ao companheiro de estrada sem medo, sem desconfiança" e ressaltou que "a paz é algo artesanal" e só é possível com a "unidade" e se abandonamos a "busca estéril de poder, prestígio, prazer ou segurança econômica."

AFP

 

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