A pré-candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, disse que nunca usou sua conta pessoal de e-mail para enviar ou receber informações secretas quando era secretária de Estado, entre 2009 e 2013. Trata-se de uma resposta ao Escritório do Inspetor Geral, que encontrou pelo menos quatro e-mails com conteúdo confidencial.

"Os fatos são bem claros: eu não envie ou recebi qualquer coisa que era confidencial naquela época", Hillary disse na noite deste sábado, ao participar de um evento no Estado de Iowa. Ela comentou que ainda não teve acesso à carta enviada pelo Inspetor Geral ao Congresso esta semana e não sabe a quais e-mails a investigação se refere, mas sugeriu que as informações talvez tenham sido classificadas como "confidenciais" depois da troca de e-mails. "O que eu sei das discussões que estão acontecendo é que algo que não era confidencial deveria ter sido ou talvez deveria ser agora. Isso é uma questão muito diferente", argumentou.

Uma porta-voz do Inspetor Geral disse que os quatro e-mails eram confidenciais quando foram enviados e continuam confidenciais atualmente.

Hillary classifica a polêmica em torno de seus e-mails como uma disputa intragovernamental sobre quais e-mails deveriam ser tornados públicos sob os termos das leis de liberdade de informação. Segundo a candidata, esse debate entre diferentes agências do governo não está relacionado diretamente com ela. "Eles podem brigar sobre isso, argumentar. Isso depende deles".

A democrata apontou que pouquíssimos problemas surgiram após a publicação de mais de 55 mil páginas de e-mails do seu servidor pessoal. "Estamos falando de quatro ou menos e-mails". Entretanto, o Inspetor Geral só analisou cerca de 40 e-mails de Hillary, o que sugere que mais irregularidades poderiam ser encontradas. Fonte: Dow Jones Newswires.