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França afirma que corresponde à Grécia apresentar propostas

O que permitirá saber se a Grécia sairá ou permanecerá na zona do euro "é a qualidade das negociações que devem começar", completou o ministro francês

06:28 | 06/07/2015

O governo grego deve fazer propostas após o referendo de domingo, afirmou o ministro francês das Finanças, Michel Sapin. "A votação em si não soluciona nada", declarou Sapin.

O que permitirá saber se a Grécia sairá ou permanecerá na zona do euro "é a qualidade das negociações que devem começar", completou o ministro francês. "Não será possível encontrar nenhuma solução sem uma conversa profunda, verdadeira, entre Angela Merkel e François Hollande", disse, a respeito da chanceler alemã e do presidente francês, que terão uma reunião nesta segunda-feira, 6, em Paris.

Ao comentar a renúncia do ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis e as acusações feitas por este, que chamou de "terrorismo" a posição dos credores, Sapin disse que lamenta as declarações, mas destacou o caráter do colega. Sapin disse ainda que a França, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, mantêm um diálogo que é muito "frágil". "A Europa está diante de uma dificuldade, mas não está em dificuldades", disse Sapin. "A Europa vai mostrar que está forte, em primeiro lugar se protegendo", acrescentou.

Ao mesmo tempo, Sapin disse que o nível de liquidez fornecido pelo Banco Central Europeu (BCE) aos bancos gregos "não pode ser reduzido". Ele também lembrou a "independência" do BCE no momento de decidir.

Os bancos gregos, à beira do abismo, precisam imperiosamente da ajuda do BCE. Ao mesmo tempo, o governo britânico afirmou que fará o necessário para proteger sua economia, segundo o porta-voz do primeiro-ministro, David Cameron."Este é um momento crítico para a economia em crise na Grécia", afirmou Downing Street em um comunicado.

"Vamos continuar fazendo o que for necessário para proteger a segurança de nossa economia neste período de incerteza. Já temos um plano de contingência e mais, nesta semana, o primeiro-ministro fará uma reunião para revisar os planos depois dos resultados de domingo", completou.

O Reino Unido não integra a zona do euro, mas sua economia, onde o setor dos serviços financeiros tem um peso muito importante, é muito sensível à situação dos vizinhos da união monetária.

AFP

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