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Eurozona alcança acordo para negociar 3º programa de resgate à Grécia

Com o acordo, o Parlamento grego deve aprovar a maioria das reformas e ajustes que propôs para convencer os sócios concederem um terceiro plano de resgate

06:03 | 13/07/2015
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Os líderes da zona do euro alcançaram por unanimidade um acordo que permite negociar um terceiro programa de resgate à Grécia, após 17 horas de intensas negociações, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

"A reunião de cúpula da Eurozona alcançou por unanimidade um acordo. Está tudo pronto para um programa de ajuda através do MEDE (Mecanismo Europeu de Estabilidade) para a Grécia com sérias reformas e apoio financeiro", disse Tusk em uma entrevista coletiva.

"Foi trabalhoso", completou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para quem o risco de um 'Grexit' "desapareceu".

O presidente francês, François Hollande, celebrou uma "decisão histórica" da União Europeia e a "corajosa decisão" do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras. Tsipras afirmou que batalhou "até o fim" para obter um acordo, que os sócios da zona do euro defenderam que fosse "mais rigoroso" pela falta de confiança após seis meses de negociações infrutíferas.

Com o acordo político, o Parlamento grego deve aprovar agora a maioria das reformas e ajustes que Atenas propôs para convencer os sócios concederem um terceiro plano de resgate, afirmou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Ao mesmo tempo, os Parlamentos nacionais dos países da zona do euro poderão se pronunciar sobre um mandato para que o Eurogrupo tenha uma "decisão formal" que permita prosseguir com a negociação. "O caminho será longo e, de acordo com as negociações desta noite, difícil", declarou a chanceler Angela Merkel, em uma referência à primeira etapa deste novo ciclo de conversações com Atenas.

Os ministros das Finanças da zona do euro voltarão a se encontrar para analisar uma ponte financeira que permita a Atenas cumprir os pagamentos até que o programa de resgate de três anos, avaliado em algo entre 82 e 86 bilhões de euros, se torne efetivo.

"A Europa decidiu um mapa do caminho. Agora tudo depende da implementação das reformas e ajustes exigidos à Grécia", advertiu o primeiro-ministro estoniano, Taavi Roivas, um dos maiores opositores à concessão de uma nova ajuda a Atenas.

AFP

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