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Doze jihadistas mortos em atentados contra dois hotéis na Somália

Os shebab lutam para depor o governo somali que está apoiado pela comunidade internacional e soldados da União Africana

13:40 | 11/07/2015
O governo somali anunciou neste sábado, 11, que 12 islamitas shebab perderam a vida na sexta-feira em dois ataques simultâneos contra dois hotéis no centro de Mogadíscio, a capital Somália. O ministro de Segurança Interior, Abdirasak Omar Mohamed, disse à imprensa que "apenas (os criminosos) morreram" nos dois atentados suicidas simultâneos.

Este balanço contradiz o fornecido na noite de sexta-feira pelas forças de segurança, que informaram sobre 9 mortos: quatro terroristas e cinco civis ou guardas de segurança. Testemunhas falaram inclusive de uma dezena de feridos.

"Estes elementos violentos atacaram os hotéis Weheliye e Siyaad quando os clientes rompiam o jejum (do Ramadã) tranquilamente. Sete criminosos lançaram o ataque contra o hotel Weheliye e outros cinco o do hotel Siyaad, e todos morreram", afirmou Abdirasak Omar Mohamed.

O representante especial das Nações Unidas para a Somália, Nicholas Kary, declarou neste sábado em um comunicado que estes ataques "deixaram mortos e feridos entre civis, membros das forças de segurança, soldados da Amisom (a força da União Africana) e representantes do governo".

Os dois hotéis dispõem de fortes medidas de segurança, já que são muito frequentados por parlamentares, funcionários do governo e homens de negócios. Os shebab multiplicaram os ataques nesta zona. Em mensagens publicadas nos sites próximos ao grupo vinculado à Al-Qaeda afirmam que os islamitas somalis reivindicaram o duplo ataque de sexta-feira.

O grupo islamita intensificou sua ofensiva desde o início do mês do jejum muçulmano do Ramadã e o ataque ocorreu no momento em que os fiéis se reuniam para romper o jejum. Os shebab lutam para depor o governo somali que está apoiado pela comunidade internacional e pelos 22.000 soldados da União Africana (UA), a Amisom.

AFP
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