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Dois filhotes de leão são levados de Gaza à Jordânia

Um palestino da Faixa de Gaza precisou transferir à Jordânia, no domingo, 5, dois filhotes de leão ao não poder arcar com os custos de sua criação

09:28 | 06/07/2015
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"Estamos muito tristes, os dois leões eram como filhos para nós", declarou à AFP Saadi Jamal, sobre os dois animais de cinco meses, chamados Max e Mona, que foram entregues a uma reserva natural da Jordânia. O funcionário da Autoridade Palestina, que vive no campo de refugiados de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, havia comprado os felinos após seu nascimento no zoológico da cidade e eles viviam em sua casa junto aos seus seis filhos.

Para ganhar dinheiro, havia planejado alugá-los a parques de diversões ou a restaurantes. Mas, segundo ele, alimentar estas duas feras custava 29 euros (32 dólares) diários, uma quantidade enorme para um habitante deste enclave palestino sob bloqueio israelense, onde os preços aumentaram desde a última guerra com Israel no verão boreal de 2014.

Além disso, Saadi Jamal não conseguiu convencer o movimento islamita palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, para que lhe concedesse um terreno onde seria construído um zoológico para os leões e para outros animais.

A associação britânica de defesa dos animais Four Paws, que facilitou a transferência dos felinos à Jordânia, havia indicado no mês passado que buscava uma solução à "situação extremamente inapropriada" na qual os leões cresciam, já que eles poderiam se converter em um perigo para as pessoas ao redor.
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A unidade do ministério israelense da Defesa encarregada de administrar os assuntos civis nos territórios palestinos anunciou no domingo, 5, ter coordenado a transferência de Max e Mona à Jordânia, via Israel. Em setembro, a Four Paws já havia facilitado a transferência à Jordânia de três leões a partir do zoológico de Al Bisan, no norte do enclave, danificado durante a guerra.

A ONG de animais indicou que os pais de Max e Mona haviam sido levados à Faixa de Gaza através dos muitos túneis clandestinos entre o território palestino e o Egito. A associação estima em quarenta exemplares o número de leões no enclave.

AFP
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