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Corte mantém advogados de defesa da principal acusada no caso NSU

11:30 | 20/07/2015
Wolfgang Stahl (e), Anja Sturm e Wolfgang Heer. Ao fundo e de costas, Beate ZschäpeTrês juristas indicados pela corte para defender Beate Zschäpe pedem para ser destituídos, alegando não haver condições para cumprir a tarefa. Tribunal nega pedido. Três dos advogados da principal acusada pela série de assassinatos atribuídos ao grupo Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU, na sigla em alemão), Beate Zschäpe, de 40 anos, pediram nesta segunda-feira (20/07) para serem destituídos, mas o pedido foi negado pelo tribunal responsável. O NSU é suspeito de matar nove pessoas de origem turca ou grega e uma policial alemã entre 2000 e 2007. Os advogados Wolfgang Heer, Wolfgang Stahl e Anja Sturm foram indicados pela corte para a defesa de Zschäpe. Heer disse que "pensou cuidadosamente" antes de tomar a decisão e argumentou que a defesa da acusada não é mais possível nas atuais condições. Ele não deu mais detalhes, afirmando que sua obrigação de sigilo perante a mandante o impedia de fazê-lo. O Tribunal Regional Superior de Munique rejeitou o pedido dos advogados, afirmando que ele carece de justificativas e que os defensores não souberam explicar por que a relação entre eles e a acusada estaria abalada. Zschäpe havia comunicado, por meio de seu quarto advogado de defesa, que não pretendia se opor ao pedido dos demais advogados. A relação entre a acusada e os defensores é complicada desde o início do processo. Um quarto advogado, Mathias Grasel, foi indicado há pouco pelo tribunal a pedido de Zschäpe. Promotores e parentes das vítimas exigiram que os advogados não fossem destituídos. Se isso acontecesse, todo o processo teria de ser reiniciado. Por isso, muitos analisas consideraram que o Tribunal Superior Regional de Munique não aceitaria o pedido de destituição. Zschäpe é representada pelo trio de defesa desde a primeira audiência, em maio de 2013. Ela já reiterou que não confia nos advogados, mas não conseguiu o desligamento deles do caso no ano passado porque não pôde convencer a Justiça da quebra da relação de confiança. No entanto, o tribunal decidiu acatar o pedido por um quarto defensor. O processo contra a célula neonazista começou em 6 de maio de 2013 e já dura mais de dois anos. Nesta segunda-feira, completa-se a sessão de número 219. MP/dpa/afp/rtr
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