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Acordo sobre programa nuclear do Irã será baseado em verificação, diz Obama

09:20 | 14/07/2015
Depois do anúncio do acordo sobre o programa nuclear iraniano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursou há pouco na Casa Branca e disse que este acerto não é baseado em confiança, mas sim na "verificação", em referência às fiscalizações que serão feitas para que os termos do acordo sejam cumpridos.

Segundo ele, o documento vai garantir que o Irã não desenvolva armas nucleares e que o compromisso do país será acompanhado por inspetores. Durante meses de intensas negociações, os EUA e outras cinco potências mundiais (China, Rússia, Reino, França e Alemanha) tentaram impor restrições ao programa nuclear iraniano, com a justificativa de evitar guerras e ataques a partir de armas nucleares. Em troca, estes países ofereceram ao Irã redução em sanções econômicas.

Ainda segundo Obama, o acordo inclui a remoção de dois terços das centrífugas do Irã, a proibição da produção de urânio enriquecido por 10 anos e a proibição da construção de reatores de água pesada por 15 anos. As inspeções ocorrerão 24 horas por dia, disse o presidente norte-americano. As sanções econômicas contra o Irã serão reduzidas de forma gradual. O alívio nas sanções econômicas contra o Irã liberam mais de US$ 100 bilhões em ativos que estavam congelados. "Mas se o país violar o acordo, as sanções voltam a entrar em vigor", alertou Obama.

Agora, o Congresso dos EUA tem 60 dias para avaliar e realizar a votação. Em seu discurso, o presidente prometeu vetar qualquer voto contrário ao que ficou combinado com os outros países. "Eu acredito que seria irresponsável desistir deste acordo", disse o presidente, acrescendo que o acerto atende a todos itens do pacto preliminar de abril. "Estou confiante que este acordo vai de encontro aos interesses de segurança nacional dos EUA e de nossos aliados", afirmou.

Obama, que estabeleceu o acordo como uma de suas metas nas política externa, disse ainda que, se não houvesse acerto, "a chance de mais guerras ocorrerem no Oriente Médio seria maior". No entanto, segundo o presidente, parlamentares de ambos os partidos dos EUA (Democrata e Republicano) têm expressado ceticismo quanto à capacidade do acordo de bloquear todas as vias para o Irã adquirir uma arma nuclear. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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