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Acordo nuclear com o Irã é "erro histórico", diz Netanyahu

07:54 | 14/07/2015
Primeiro-ministro de Israel critica pacto sobre programa nuclear iraniano, afirmando que este pavimenta o caminho para armas nucleares. Vice-ministra do Exterior classifica acordo de "capitulação do Ocidente". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (14/07) que o recém-anunciado acordo sobre o programa nuclear iraniano é um "grave erro de proporções históricas". "Em todas as áreas em que se deveria evitar que o Irã tivesse capacidade de desenvolver armas nucleares, houve grandes concessões", divulgou o gabinete do primeiro-ministro israelense, citando suas palavras. "O Irã vai conseguir uma bolada de centenas de bilhões de dólares, o que vai possibilitar que o país continue a exercer sua agressão e terrorismo na região e no mundo. O Irã vai receber um caminho certo para as armas nucleares." Miri Regev, ministra da Cultura e dos Esportes de Israel, disse que o acordo é "ruim para o mundo livre e para a humanidade", segundo a agência de notícias AP. Outro ministro teria dito que o acordo dá ao país "licença para matar". A vice-ministra do Exterior de Israel, Tzipi Hotovely, por sua vez, disse no Twitter que o acordo com o Irã é "uma capitulação de proporções históricas do Ocidente ao eixo do mal liderado pelo Irã". Ela afirmou que Israel agiria "com todos os meios possíveis para tentar impedir que o acordo seja ratificado", sugerindo que o país pode tentar usar sua influência para barrar o acordo no Congresso dos EUA. Israel tem liderado esforços para bloquear um acordo que retirasse as sanções impostas ao Irã. No passado, autoridades iranianas ameaçaram repetidamente destruir Israel, e o Irã também apoiou grupos de combate que atacaram Israel. O acordo desta terça-feira foi alcançado entre Irã e o chamado grupo P5+1 composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha e prevê a suspensão de sanções impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e ONU ao Irã em troca de restrições de longo prazo no programa nuclear iraniano. Estão previstas inspeções criteriosas e permanentes das Nações Unidas no país. Diplomatas afirmam, no entanto, que o embargo das Nações Unidas, referente a armamento, continuará em vigor por mais cinco anos. MP/rtr/afp/ap/lusa
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