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Suspeito de ataque na França chama-se Yassine Salhi e tem 35 anos

A esposa de Yassin Salhi expressou sua incredulidade após a prisão de seu marido, enquanto seus vizinhos falaram de um homem "discreto"

09:35 | 26/06/2015
O principal suspeito de ter participado do ataque que matou uma pessoa em uma fábrica no sudeste da França foi identificado como Yassine Salhi, de 35 anos, informou o ministro do Interior do país, Bernard Cazeneuve. A polícia prendeu ele e sua esposa no apartamento deles na de Lyon. 

Segundo o ministro, Salhi teria ligações como o salafismo, um movimento de reforma do islamismo que surgiu no Egito no fim do século XIX, mas não teria nenhuma ligação com grupos terroristas. Entre 2006 e 2008, ele chegou a ser monitorado pelas autoridades de segurança por supostas ligações com extremistas islâmicos, mas não tem registros criminais.

Ainda de acordo com Cazeneuve, várias outras pessoas suspeitas estão sob custódia para investigação. A suspeita é de que se trate de um ataque terrorista. Segundo as autoridades de segurança, dois homens teriam, em um carro, colidido em botijões de gás na entrada da fábrica.

A vítima decapitada no ataque era o chefe do suspeito do atentado, informaram três fontes da polícia. As autoridades não quiseram revelar o nome da vítima, mas afirmam que ele é o chefe de uma companhia local de transportes.

As autoridades afirmaram que a vítima deve ter sido morta antes de o suspeito invadir a fábrica com um carro e colidi-lo com botijões de gás. A ação causou uma explosão que feriu duas pessoas.
Esposa e vizinhos descrevem 'vida normal' de suspeito de ataque na França

"Três filhos, uma vida normal"

A esposa de Yassin Salhi expressou sua incredulidade após a prisão de seu marido, enquanto seus vizinhos falaram de um homem "discreto". "Meu coração vai parar, o que está acontecendo?", declarou, visivelmente abalada, ao ser entrevistada pela rádio Europe 1. Ela então foi detida pela polícia em sua casa em Saint-Priest, uma cidade no subúrbio de Lyon.

"Ele saiu para trabalhar esta manhã às 7h00", contou, explicando que seu marido "fazia entrega (...) de caixas, pedidos, coisas desse tipo". "Ontem ele estava no trabalho, ele voltou para casa, normal. Tivemos uma noite normal", acrescentou.

"Somos um casal de muçulmanos normal, respeitamos o Ramadã. Normal. Temos três filhos, uma vida familiar normal", resumiu, sem ver "qualquer razão" que levasse seu marido a cometer tal crime..
Sua esposa disse ter recebido "a má notícia" através de sua cunhada. "No jornal, eles dizem que foi um ato terrorista, mas não é possível, eu o conheço, ele é meu marido, tínhamos uma vida familiar normal", insistiu.

No bairro tranquilo onde o casal reside com seus três filhos de 6 a 9 anos, os vizinhos descrevem "uma família discreta". "As crianças brincam com as minhas. São bastante normais e carinhosas", disse um vizinho de 40 anos, que se recusou a dar seu nome.

A família Salhi vive no primeiro andar de um edifício de três andares. Uma folha branca foi colocada pela polícia para esconder a entrada, enquanto dois policiais à paisana, armados, guardavam a porta.
Uma mulher, carregando uma criança nos braços, e, em seguida, uma segunda pessoa, saíram sob um lençol branco no meio da tarde e foram imediatamente levadas para veículos da polícia.

Vinte vizinhos estavam amontoados às portas do edifício. Um deles disse sobre Yassin Salhi: "Ele não falava com ninguém. Trocávamos apenas um 'Olá'". O suspeito também não se distinguia pela sua roupa. "Ele só tinha uma pequena barba", afirmou.

Um jovem afirmou "nunca ter visto" Yassin Salhi na mesquita de Saint-Priest.

 

 

Com informações da Associated Press e da Dow Jones Newswires

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