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Senadores brasileiros cumprem agenda na Venezuela

18:59 | 25/06/2015
Senador Roberto Requião (PMDB-PR) conversa com Lilian Tintori, esposa do líder da oposição na Venezuela, Leopoldo LópezEm Caracas, grupo de parlamentares reúne-se com parentes de vítimas de violência durante protestos contra Nicolás Maduro, no ano passado, e conversa com esposas de opositores presos. Em visita oficial na Venezuela nesta quinta-feira (25/06), um grupo de senadores brasileiros reuniu-se com representantes do Comitê das Vítimas de Guarimba, do qual participam familiares de vítimas de violência durante protestos contra o governo venezuelano no ano passado. Entre os mortos está o então capitão da Guarda Nacional Ramzor Bracho, morto por um tiro nas costas por disparo supostamente feito por opositores. Pouco depois, os parlamentares se encontraram com esposas de líderes opositores presos, como Leopoldo López e Antonio Ledezma. O grupo, no entanto, descartou uma ida ao presídio. Estão agendados ainda encontros com representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e com o presidente do Legislativo, Diosdado Cabello, na Assembleia Nacional. A comitiva brasileira é formada pelos senadores da base do governo Lindbergh Farias (PT-RJ), Telmário Mota (PDT-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Roberto Requião (PMDB-PR). Os parlamentares viajaram em um jato da Força Aérea Brasileira. Ao desembarcarem em Caracas, na noite de quarta-feira (horário local), os senadores afirmaram que o objetivo da visita era ouvir "todos os lados" e mostrar que o Senado brasileiro não quer interferir na disputa política interna do país vizinho. "Não cabe a nós, senadores, acirrar qualquer disputa interna", declarou Grazziotin. Lindbergh Farias ressaltou que os parlamentares não pretendem interferir nas eleições venezuelanas. "Não viemos para dar apoio político, mas para informar o Senado da situação. Vamos conversar com todas as tendências", Esta é a segunda missão de senadores brasileiros na Venezuela em uma semana. Na primeira, quinta-feira passada, uma delegação composta por algumas das principais vozes de oposição à presidente Dilma Rousseff como Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), José Agripino (DEM-RN) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) decidiu voltar ao Brasil horas depois de desembarcar em Caracas após serem hostilizados por manifestantes favoráveis a Maduro. Os parlamentares pretendiam visitar líderes políticos que fazem oposição a Maduro e que se encontram presos. O governo venezuelano, porém, declarou que o "único propósito" da delegação anterior era "desestabilizar a democracia venezuelana e gerar confusão e conflito entre países irmãos". MSB/abr/asen/efe MSB/abr/asen/efe
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