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Partido de Peña Nieto vence legislativas no México

07:39 | 08/06/2015
Apuração aponta que coalizão governista garantirá controle da Câmara dos Deputados, apesar das denúncias de corrupção e do avanço do crime organizado. Campanha foi marcada por atos de violência. Resultados preliminares das apurações no México indicam que a coalizão governista, composta pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI) e seus aliados, deverá manter a maioria na Câmara dos Deputados após aseleições de domingo (07/06). Acusações de corrupção, além da atual crise econômica e da violência promovida pelo crime organizado, ameaçavam o PRI, do presidente Enrique Peña Nieto. A legenda, porém, deverá obter entre 196 e 203 cadeiras na Câmara, enquanto seus aliados do Partido Verde devem eleger entre 41 e 48 deputados. O Partido Nova Aliança, que também compõe a base governista, deverá conquistar entre nove e 12 vagas, segundo as primeiras estimativas das instituições eleitorais do país. Dessa forma, os três partidos somariam entre 246 e 263 parlamentares na câmara baixa do Congresso. Atualmente, a coalizão possui 251 cadeiras. O PAN, o maior partido oposicionista e a segunda força política do país, deverá conquistar entre 105 e 116 vagas na Câmara, enquanto espera-se que o esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD), também de oposição ao governo, eleja entre 51 e 60 deputados. A popularidade de Peña Nieto, que havia lançado uma série de reformas estruturais no México, esteve ameaçada após seu governo sofrer fortes críticas por não ter conseguido erradicar a corrupção ou combater efetivamente a onda de violência promovida pelo crime organizado no país. O massacre de 43 estudantes em setembro de 2014, promovido por membros dos cartéis de tráficos de drogas em conluio com polícias municipais, abalou a credibilidade do governo. Acusações de conflitos de interesse que envolveram o presidente, sua esposa e o ministro das Finanças também ameaçam retirar votos da coalizão governista. Campanha marcada pela violência As eleições de domingo, que elegeram nove governadores e mais de 1.200 cargos estaduais e municipais, foram marcadas por distúrbios nos estados do sul do país, que estiveram sob forte vigilância por parte das forças de segurança federais. A campanha eleitoral de 2015 foi uma das mais conturbadas das últimas décadas, com o assassinato de 16 candidatos e políticos. Dezenas de postulantes abandonaram a corrida com medo de que pudessem sofrer o mesmo destino, supostamente ameaçados pelos cartéis de traficantes que disputam territórios no país. Antes da divulgação dos resultados preliminares, Peña Nieto declarou que "a democracia avança" no país, e reconheceu o comprometimento dos mexicanos que compareceram às urnas, apesar de alguns "atos violentos". RC/efe/rtr
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