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Papa visita Sarajevo e alerta para 'clima de guerra' no mundo

Durante missa presidida na capital da Bósnia neste sábado, 6, o pontífice falou sobre a busca pela paz entre as culturas diferentes existentes no país

12:16 | 06/06/2015
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O papa Francisco denunciou o "clima de guerra" reinante no mundo em uma missa neste sábado, 6, em Sarajevo, durante uma visita relâmpago com o objetivo de promover a paz e a coexistência entre sérvios, croatas e muçulmanos.

O papa argentino foi recebido por 100.000 pessoas na capital da bósnia e comentou a importância dessas cidades "Sarajevo e a Bósnia têm um significado especial para a Europa e para o mundo inteiro" disse.

Diante de 65.000 fiéis reunidos no estádio olímpico da cidade, o pontífice afirmou sentir um "clima de guerra" no mundo, estimulado "deliberadamente" por aqueles que "buscam o confronto entre as distintas culturas e civilizações". "Fazer a paz é um trabalho artesanal: requer paixão, paciência, experiência, afinco. Fazer a paz é um trabalho que se realiza a cada dia, passo a passo, sem cansar jamais", afirmou aos fiéis.

A coexistência de três comunidades de confissões diferentes "mostra ao mundo inteiro que a colaboração entre distintas etnias e religiões para o bem comum é possível". "Mas particularmente aqui, na Bósnia, é preciso fazer mais", completou, olhando para o presidente bósnio em exercício, Mladen Ivanic. Este último é o representante sérvio na presidência tripartite (sérvia, croata, muçulmana) do país. A igualdade de todos os cidadãos diante da lei é "indispensável", afirmou.

Ivanic declarou que as autoridades multiétnicas bósnias estão "dispostas a trabalhar para a redução dos nacionalismos" e pediu o "apoio total" do pontífice à adesão da Bósnia e de outros países dos Bálcãs à União Europeia.

"A Bósnia é parte integrante da Europa", respondeu o papa, que pediu à comunidade internacional, a UE em particular, que ajude estes países. Esta colaboração é "fundamental", destacou.

A guerra da Bósnia (1992-1995) deixou quase 100.000 mortos e mais de dois milhões de refugiados e deslocados, mais da metade da população do país.

Francisco seguiu para o estádio olímpico no papamóvel e saudou os fiéis, como costuma fazer durante as viagens. O pontífice que ficará algumas horas no páis, terá um encontro com os representantes das religiões católica, ortodoxa, muçulmana e judaica.

 

Redação O Povo Online com informações da AFP

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