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"Não há dúvidas de que ataque foi terrorista", diz Hollande

09:16 | 26/06/2015
Dois homens invadem fábrica de gás e provocam várias explosões em Saint-Quentin-Fallavier, perto de Lyon. Corpo decapitado e com inscrições em árabe é encontrado no local. Polícia detém e identifica um dos suspeitos. O presidente francês, François Hollande, afirmou em Bruxelas que não há dúvidas de que o ataque a uma fábrica de gás no leste da França, nesta sexta-feira (26/06), foi terrorista. "A intenção era, sem dúvida, causar uma explosão. Foi um ataque terrorista", disse. Segundo a polícia francesa, por volta das 10h (horário local) dois suspeitos entraram com um veículo na fábrica Air Products, que fica na cidade de Saint-Quentin-Fallavier, próximo a Lyon, e provocaram uma explosão. Duas pessoas ficaram feridas, disse Hollande. Um suspeito foi preso e identificado. Ele já era conhecido da polícia. Um corpo decapitado foi encontrado próximo ao local. Na cabeça, há inscrições em árabe. Investigadores também recolheram uma suposta bandeira islâmica. "O ataque foi de natureza terrorista uma vez que o corpo foi descoberto decapitado e com inscrições", declarou Hollande. "Não foi uma fatalidade." O presidente francês deixou a reunião de chefes de Estado e de governo dos 28 países-membros da União Europeia (UE) para retornar à França e acompanhar as investigações. O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse que o suspeito detido foi investigado em 2006 e que a investigação foi arquivada em 2008. "Ele não tinha ficha criminal." Cazeneuve disse que o suspeito tinha ligações com o movimento salafista, mas não havia sinais de participação em atividades terroristas. Ele foi identificado como Yacine Salhi, de 35 anos. A polícia está analisando as inscrições em árabe na cabeça e na bandeira. Segundo Cazeneuve, o corpo decapitado é de uma vítima inocente. As investigações estão sendo conduzidas pela seção antiterrorista da procuradoria francesa. Cazeneuve disse que o governo francês "tem tomado todas as medidas possíveis para proteger os franceses." O primeiro-ministro do país, Manuel Valls, ordenou o reforço da segurança em "locais sensíveis" perto da fábrica de gás. Hollande disse que vai se reunir com as autoridades e "tomar as medidas necessárias". "Precisamos demonstrar solidariedade com as vítimas", afirmou Hollande, ressaltando que os líderes europeus presentes em Bruxelas demonstraram sensibilidade. "Não apenas o nosso país está sujeito a ataques terroristas." O ataque ocorre seis meses depois de 17 pessoas terem sido mortas numa série de atentados em janeiro nos arredores de Paris e na capital francesa, onde foram mortos editores e outros funcionários jornal satírico Charlie Hebdo. Autor: Karina GomesEdição: Alexandre Schossler
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