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Instituto da França prevê crescimento de 1,2% no PIB do país em 2015

18:40 | 18/06/2015
A recuperação econômica da França neste ano será um pouco mais forte que a esperada pelo governo, com os negócios impulsionados no país pelo petróleo barato, o euro mais desvalorizado e o crédito barato no segundo semestre, afirmou o instituto nacional de estatísticas (Insee) em suas projeções semestrais nesta quinta-feira.

O Insee informou que o Produto Interno Bruto (PIB) francês deve avançar 1,2% neste ano, um pouco mais que a alta de 1% da meta oficial do governo. O primeiro-ministro Manuel Vals, porém, já disse que o crescimento poderia chegar até a 1,5%. O instituto espera que o PIB do terceiro trimestre avance 0,4% ante o anterior e cresça 0,4% no quarto trimestre.

Em 2014, o PIB francês avançou apenas 0,2%.

Mesmo que o Insee atribua boa parte do crescimento a fatores externos, a projeção pode ser usada como um argumento para a política do presidente François Hollande de fomentar negócios, após passar os dois primeiros anos de governo tentando sem sucesso impulsionar a economia através de gastos financiados por altas de impostos.

"Os líderes empresariais dizem que estão significativamente mais inclinados que estavam no início do ano a aumentar o ritmo de seus gastos de investimento", afirmou o Insee.

O relatório atribui o otimismo dos empresários a melhores margens de lucro para as companhias, possivelmente graças ao preço mais baixo do petróleo, ao acesso mais fácil ao crédito ajudado pela política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e a várias iniciativas do governo para cortar custos trabalhistas para empregadores.

Uma série de fatores, porém, poderia ameaçar essa previsão, como uma desaceleração mais forte que a prevista nos mercados emergentes, segundo o Insee. Além disso, uma preocupação grande é com a situação na Grécia. O Insee disse que seu cenário é baseado na avaliação de que um acordo com Atenas será fechado. Caso isso não ocorra, "as perspectivas para a zona do euro seriam muito mais fracas", afirma o instituto.

O crescimento maior neste ano, se confirmado, permitirá a estabilização da taxa de desemprego em 10,4% durante o segundo semestre. Segundo o Insee, a taxa de desemprego possivelmente recuaria se o crescimento do PIB fosse superior a 1,6%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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