A decisão de não estender o programa de ajuda à Grécia até após o plebiscito convocado pelo país causou "dano permanente à credibilidade do Eurogrupo", disse o ministro de Finanças grego, Yanis Varoufakis.

"A Europa ainda pode pedir ao povo grego que vote "sim" a uma proposta melhorada [que pode ser submetida pelas instituições]", comentou.

Varoufakis disse que a Grécia não assinou o rascunho do comunicado que foi apresentado em conjunto após uma reunião entre os ministros das Finanças da zona do euro. O encontro vai continuar mais tarde sem a Grécia para preparar um plano a ser colocado em prática depois de terça-feira, quando o programa grego expira.

"Esta foi uma decisão tomada por Jeroen Dijsselbloem [presidente do Eurogrupo]", disse Varoufakis.

O ministro das Finanças grego afirmou que o governo do país não tem mandato para aceitar ou rejeitar propostas dos credores. "Para uma decisão importante como esta, mais de 50% dos gregos têm que concordar", disse Varoufakis.

Ele afirmou que a proposta apresentada pelos credores não era viável, que as ações anteriores provocavam recessão, o financiamento era insuficiente e não continha qualquer plano que desse esperança a investidores ao povo.

"Desde a decisão de 20 de fevereiro da Europa, eles tentaram nos arrastar de volta para o acordo de resgate anterior", comentou.