PUBLICIDADE
Notícias

Governadora da Carolina do Sul demanda remoção de bandeira confederada

20:10 | 22/06/2015
Líder Nikki Haley lembra valor histórico, mas diz que estandarte remete à Guerra Civil e à escravidão e "não representa o futuro de nosso estado". Pedido vem menos de uma semana após massacre em igreja em Charleston. "É hora de retirar a bandeira do capitólio", disse a governadora do estado da Carolina do Sul, Nikki Haley, nesta segunda-feira (22/06), citando o estandarte formado por uma cruz azul com estrelas brancas contra um fundo vermelho, que remonta ao tempo da escravidão e foi usado pelos estados do sul separatista durante a Guerra Civil dos Estados Unidos de 1861 a 1865. "Minha esperança é que através da remoção de um símbolo que nos divide, podemos avançar como um estado em harmonia e honrar as nove almas abençoadas que agora estão no céu", disse Haley. A demanda da governadora republicana veio menos de uma semana após o massacre que matou seis mulheres e três homens na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, que ocorreu na última quinta-feira. Num site descoberto no sábado, que foi aparentemente criado pelo acusado do tiroteio Dylann Roof, inclui um manifesto enaltecendo a supremacia branca e fotografias do jovem de 21 anos segurando a bandeira da armada confederada a mesma ainda exposta no capitólio da Carolina do Sul e uma arma. "Símbolo de ódio" Em apoio à governadora, o prefeito democrata de Charleston, Joseph Riley, disse que "chegou a hora de a bandeira de batalha da Confederação ser removida de um posto público em frente ao capitólio para um lugar de História o museu do estado, o museu militar e de relíquias da Confederação". "Muitos anos atrás, a bandeira da armada confederada foi apropriada como um símbolo de ódio", disse Riley, argumentando que ela foi usada pelo Ku Klux Klan e outros opositores à "igualdade entre as raças". Patrimônio e honra No fim de semana, milhares de manifestantes se reuniram em frente ao edifício legislativo da Carolina do Sul na capital do estado, Columbia, exigindo a retirada da bandeira. Além disso, uma petição no site liberal MoveOn.org também está exigindo a remoção de "todas as bandeiras confederadas de lugares governamentais" obteve mais de meio milhão de assinaturas desde o tiroteio. Apesar das ligações com a escravidão e o ódio racial, há quem repreende os protestos e a demanda da governadora, descrevendo a bandeira como um símbolo do patrimônio e uma forma de honrar os sacrifícios de seus antepassados na guerra de quatro anos. A governadora, em seu discurso, reconheceu ambos os pontos de vista sobre a bandeira, mas sublinhou que chegou o momento em seguir adiante. "Essa bandeira, enquanto parte integrante de nosso passado, não representa o futuro de nosso grande estado", disse. PV/rtr/dpa/afp
TAGS