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Encíclica do papa Francisco sobre mudanças climáticas vaza e gera insatisfação do Vaticano

O texto oficial será divulgado na próxima quinta-feira, 18

14:08 | 16/06/2015
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O texto da encíclica do papa Francisco sobre meio ambiente, vazado nesta segunda-feira, 15, o que motivou uma reação negativa do Vaticano, confirma a expectativa da comunidade científica e da sociedade civil de que a mensagem papal seria forte e incisiva, como devem ser as respostas globais à crise climática, informou em nota o Observatório do Clima.

Ao jornal britânico The Guardian o Vaticano informou que texto não era versão final e classificou vazamento de informação como “um ato de sabotagem contra o papa”. O texto oficial do Vaticano será divulgado na próxima quinta-feria, 18.

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Na versão divulgada, Francisco apresenta um chamado sem precedentes à conservação dos recursos naturais e à erradicação da pobreza, ligando de forma definitiva o destino da humanidade ao de nossa “casa comum”.

O Papa afirma ainda que a liberdade humana de explorar os recursos da Terra precisa ter limites, porque o homem é parte da natureza: “O homem não se cria sozinho. Ele é espírito e vontade, mas também é natureza”.

Além disso, o texto aponta os seres humanos como causa principal do aquecimento da Terra, que afeta sobretudo os mais pobres, e prega a substituição dos combustíveis fósseis, a proteção das florestas e o desenvolvimento de energias renováveis. E critica a “debilidade das ações”, sobretudo políticas, para atacar o problema.

“A encíclica papal captura o espírito do nosso tempo. É uma mensagem de peso enorme, um chamado moral sobre meio ambiente nunca antes visto na história da Igreja, que coloca a crise climática como um dos maiores desafios comuns da humanidade”, disse o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl.

“Tão importante quanto isso, trata-se de um chamado a toda a humanidade, a todas as religiões, não apenas aos católicos. Que sirva de inspiração aos líderes que se preparam para negociar o futuro do combate à mudança do clima neste ano, na conferência de Paris.”

 

Redação O POVO Online

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