União Europeia apresenta plano de cotas para o número de imigrantes em cada país
Atualmente, mais de 70% dos pedidos de asilo na União Europeia encontram-se arquivados na Alemanha, Suécia, Itália e França.
O plano teria uma distribuição mais uniforme dos requerentes de asilo em toda a UE, com base no Produto Interno Bruto (PIB), taxas de desemprego, população total e o número de refugiados já abrigados por cada país.
De acordo com este sistema de cotas, a Alemanha levaria 18,42% dos requerentes de asilo redistribuídos (contra 35% de todos os pedidos de asilo da UE em 2014), a França receberia 14,17% dos imigrantes (em comparação com um total de 11% em 2014 ), enquanto a Itália ficaria com os mesmos 11,84%. A Suécia reduziria para 2,92%, de 14% em 2014.
A Comissão Europeia ainda tem que definir, até ao final do mês, quais países passarão pela redistribuição primeiro. Provavelmente, devem ser a Itália, Malta e Grécia, de acordo com uma autoridade da UE.
Atualmente, a UE tem planos de incluir um projeto de 50 milhões de euros (USE 56,1 milhões) para realocar 20 mil refugiados em países fora da UE, como a Turquia e o Líbano.
Ambas as propostas têm ainda de ser aprovadas pelos governos nacionais por maioria dos votos. França, Alemanha, Itália e Bélgica são a favor e até mesmo a Irlanda está considerando participar no plano de reassentamento.
O Reino Unido, entretanto, é totalmente contra as quotas e insistiu que os imigrantes que não são qualificados pelo asilo, devem ser enviados de volta. "É importante que as pessoas retiradas do mar Mediterrâneo sejam levadas de volta para a África", disse a ministra do Interior, Theresa May.
Timmermans disse que 60 milhões de euros serão disponibilizados aos "países da linha da frente" para acelerar o processo de imigração e mandar de voltar àqueles que não se qualificam ao asilo. "Voltar é parte integrante do nosso plano, então, nesse sentido, Theresa May pode estar certa", disse o vice-presidente.
O Reino Unido não pode bloquear os planos da UE e não estará sujeito a eles, já que tem uma cláusula que permite a não participar de políticas relacionadas à asilo e assuntos internos. Fonte: Associated Press.