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UE propõe redistribuição de 40 mil imigrantes irregulares entre países do bloco

17:30 | 26/05/2015
A Comissão Europeia deve apresentar amanhã uma proposta para redistribuir 40 mil sírios e eritreus que chegaram à Itália e à Grécia nos últimos dois anos entre os países europeus.

O plano, que deverá ser aprovado pelos governos locais, poderia ativar pela primeira vez um "mecanismo de resposta de emergência", previsto para funcionar em casos de "entrada súbita" de pessoas de outros países.

O plano duraria dois anos e só se aplicaria aos recém-chegados na Itália e na Grécia.

A Comissão Europeia anunciou o plano de redistribuição no início deste mês como parte das medidas de resposta à crise do Mediterrâneo, em que quase 2 mil pessoas morreram afogadas neste ano tentando chegar às costas italianas.

Vários países reagiram friamente às "quotas" de realocação, já que não ficou claro quantas pessoas seriam alvo do plano, por quanto tempo, e de que países.

Amanhã, a Comissão Europeia deve argumentar que a Itália registrou 277% mais travessias irregulares de fronteira em 2014, na comparação com o ano anterior, o que representa 60% de todas as travessias irregulares de fronteira na União Europeia.

A Grécia também viu um aumento de 153% no número de travessias irregulares de fronteira em 2014, sobre 2013, o que representou 19% do total de travessias irregulares de fronteiras da União Europeia.

"Em ambos os casos, essa tendência parece persistir, com os fluxos de imigrantes sem precedentes devendo continuar a atingir a costa", observa a proposta.

Os 40 mil imigrantes que buscam asilo representam 40% do número total de candidatos em clara necessidade de proteção internacional que entraram na Itália e na Grécia em 2014.

A Comissão Europeia irá propor que 24 mil sejam redistribuídos da Itália e 16 mil da Grécia.

Alemanha, França e Espanha receberiam a maior parte destas pessoas, aliviando a Suécia, que até agora foi o segundo maior receptor de refugiados na União Europeia, depois da Alemanha.

O mecanismo de redistribuição não se aplica a Reino Unido, Irlanda e Dinamarca, que têm acordos especiais com a União Europeia que os eximem de políticas comuns de asilo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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