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UE negocia plano de cotas para imigrantes entre os países do bloco

20:30 | 13/05/2015
Os membros da União Europeia negociaram nesta quarta-feira um plano para reduzir a pressão sobre os países lidando com o fluxo de imigrantes do Mediterrâneo, requerendo que outros países compartilhem essa responsabilidade, apesar da forte oposição de algumas nações.

O sistema proposto estabeleceria um limite máximo de refugiados para cada país na UE, baseando-se na população de cada um, nos níveis de emprego e em outros fatores. Os detalhes não foram revelados, mas a ideia geral é que, uma vez que o país atinja esse máximo, o imigrante em busca de asilo seja enviado a outros países.

Alguns dos membros, como Hungria, Eslováquia e Estônia, já se opuseram ao plano, o que significa que é improvável que ele seja aprovado sem importantes concessões. A Comissão Europeia, porém, vê a estratégia como crucial para forçar os 28 países da UE a mostrar solidariedade com Itália, Grécia e Malta, que recebem a maior parte dos imigrantes fugindo de guerras e da pobreza em nações como Eritreia e Síria e chegam à costa europeia após viagens perigosas pelo Mediterrâneo.

A ministra do Interior do Reino Unido, Theresa May, disse que seu país não faria parte de um sistema de cotas que encorajaria pessoas a arriscar suas vidas. O Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca, porém, já seriam isentos desse acordo, devido a prescrições especiais envolvendo os três.

A Comissão Europeia recomendará no fim de maio que 20 mil pessoas que atendam aos requisitos para receber asilo possam entrar no bloco e ser distribuídas entre os países membros.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu que a Europa aceite mais imigrantes e refugiados da Síria e do Iraque. Segundo ele, seu próprio país arca com a maior carga dessa crise de refugiados e já está abrigando cerca de 2 milhões de pessoas. Fonte: Associated Press.

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