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Presidente do Burundi aparece em público pela primeira vez desde golpe fracassado

18:14 | 17/05/2015
Em breve discurso, Pierre Nkurunziza, não comenta tentativa frustrada de derrubá-lo, mas cita ameaças do grupo terrorista Al Shabab. Major-general Godefroid Niyombare, suposto líder do levante, segue foragido. Com semblante tranquilo, o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, cumprimentou neste domingo (17/05) os jornalistas presentes no palácio presidencial na capital do país, Bujumbura, no que foi sua primeira aparição pública desde o fracassado golpe militar de quarta-feira. Nkurunziza deu um breve discurso à multidão, sem mencionar a tentativa de derrubá-lo. Em vez disso, o presidente comentou as supostas ameaças dos militantes da organização terrorista Al Shabab, baseada na Somália e ligada à Al Qaeda, que estariam irritados com o Burundi e outros países africanos por contribuírem com tropas para a junta militar africana que combate os extremistas em território somaliano. "Temos tomado medidas contra o Al Shabab", disse. "Nós levamos esta ameaça a sério." O pequeno país africano tem sido abalado há semana por violentas manifestações devido à decisão de Nkurunziza pretender ficar um terceiro mandato consecutivo no cargo de presidente do país. Embora a Constituição do Burundi impeça líderes de servir por mais de dois mandatos, o presidente alega que não foi originalmente eleito por voto popular, mas pelo Parlamento o que significaria que o primeiro mandato não conta. Durante a visita do presidente à vizinha Tanzânia na quarta-feira, generais liderados pelo major-general Godefroid Niyombare lançaram uma tentativa de derrubar o governo. O principal aeroporto do país também foi fechado para evitar o retorno de Nkurunziza ao país. Mas os rebeldes foram forçados a reconhecer a derrota na sexta-feira, depois de lutar contra tropas leais ao presidente e de falhar em tomar a emissora estatal. Após o regresso na sexta-feira, Nkurunziza disse em discurso televisionado que "agora há paz em todo o país" e pediu pelo fim dos protestos. No sábado, 17 supostos conspiradores, incluindo cinco generais, compareceram perante a Justiça sob acusações de "tentar derrubar o Estado". Niyombare, o suposto líder, disse na sexta-feira que iria se entregar, embora seu paradeiro continua desconhecido. Ao menos 20 pessoas morreram durante os protestos e centenas foram presas. PV/dpa/afp/ap
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