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Imigrantes não serão enviados de volta contra a vontade, diz autoridade da UE

18:05 | 11/05/2015
Refugiados e imigrantes interceptados em alto mar "não serão enviados de volta contra sua vontade", afirmou a chefe da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, nesta segunda-feira. Ela falou ao Conselho de Segurança no momento em que a UE se prepara para começar a tomar decisões sobre uma operação para identificar, capturar e destruir os barcos para impedir que eles sejam usados por contrabandistas de pessoas.

Mogherini disse a repórteres mais tarde que a UE está preparada para adotar algumas medidas antes que o Conselho de Segurança adote qualquer resolução autorizando a operação. Ela não disse que passos seriam esses. Há o temor entre alguns membros do Conselho de Segurança de que imigrantes sejam feridos, enviados de volta ou não recebam permissão para tentar uma vida melhor. "Ninguém está pensando em bombardear", disse Mogherini energicamente.

A Rússia, um membro do Conselho de Segurança, disse ser contrária à destruição dos barcos suspeitos. Questionada sobre a posição de Moscou, Mogherini afirmou que não encontrou resistência de nenhum membro do Conselho.

O representante especial da Organização das Nações Unidas para a imigração internacional, Peter Sutherland disse ao Conselho que cerca da metade das pessoas que chegam à Europa se qualificam como refugiados. Ele elogiou a possibilidade de a União Europeia adotar um sistema de cotas para dividir as responsabilidades. Alguns países da UE, porém, já rejeitaram essa alternativa.

Mogherini disse que a "nova agenda para a imigração" a ser discutida na quarta-feira pelos países da UE deve fazer mais para aumentar as operações de busca e permitir mais vias legais de entrada na Europa. Ela não deu, porém, detalhes. Fonte: Associated Press.

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