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Hollande pede fim do embargo americano a Cuba

16:12 | 11/05/2015
Em discurso na Universidade de Havana, presidente afirma que a França fará o que for possível para garantir "fim das medidas que tanto prejudicaram desenvolvimento" da ilha. O presidente francês, François Hollande, defendeu nesta segunda-feira (11/05) o fim do embargo americano a Cuba, durante uma visita histórica à ilha a primeira de um líder ocidental desde que Washington e Havana iniciaram uma reaproximação e também a primeira de um chefe de Estado francês desde a independência de Cuba, em 1898. Num discurso na Universidade de Havana, Hollande afirmou que fará o que for possível para garantir que "as medidas que tanto prejudicaram o desenvolvimento de Cuba possam ser finalmente revogadas", numa referência ao embargo comercial e financeiro imposto por Washington à ilha caribenha desde 1962. "Todos sabem muito bem qual tem sido a posição da França sobre o fim de um embargo que impede o desenvolvimento de Cuba", acrescentou Hollande, que faz uma visita de um dia. Há décadas a França vota todos os anos na Assembleia Geral da ONU a favor de uma resolução que pede o fim do embargo americano. O fim do embargo também ajudaria empresas francesas a fechar negócios em Cuba. Hollande viajou à ilha acompanhado de uma comitiva de empresários, incluindo representantes de empresas como a Air France, a operadora de telefonia Orange, a rede hoteleira Accor e a destilaria Pernod Ricard. Hollande também defendeu uma maior aproximação entre a União Europeia e Cuba, em meio a uma nova rodada de negociações para o primeiro acordo bilateral entre Havana e o bloco europeu. "Acho a participação europeia muito importante", afirmou Hollande, em referência às reformas econômicas introduzidas nos últimos anos pelo governo do presidente Raúl Castro. Ao longo do dia, Hollande deverá se reunir com Raúl Castro e talvez até com o ex-presidente Fidel Castro. O presidente francês prometeu que abordará o tema dos direitos humanos. Nesta terça-feira, ele seguirá para o Haiti, onde encerra seu giro de cinco dias pela região. AS/lusa/dpa/afp/rtr
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