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EUA negociam libertação de prisioneiros americanos no Iêmen

18:49 | 31/05/2015
Pelo menos quatro pessoas estariam nas mãos de milícias rebeldes houthis, possivelmente na capital Sanaa. Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita sobre bases xiitas no Iêmen seguem intensos. O Departamento americano de Estado confirmou neste domingo (31/05) a existência de cidadãos americanos prisioneiros das milícias rebeldes houthis no Iêmen e disse estar "fazendo de tudo" para conseguir libertá-los. A declaração foi dada após o jornal Washington Post revelar que pelo menos quatro americanos estão nas mãos dos xiitas, que há meses iniciaram uma ofensiva no território iemenita a fim de derrubar o presidente Abd Rabbuh Mansur al-Hadi, atualmente exilado na Arábia Saudita. Segundo o jornal, tentativas anteriores de libertar os reféns fracassaram. Acredita-se que eles estejam presos na capital Sanaa. "Temos visto relatos de que vários cidadãos americanos foram detidos recentemente no Iêmen. Estamos fazendo tudo o que podemos para que esses indivíduos sejam libertados", afirmou o Departamento americano de Estado por meio de um comunicado, ressaltando que informações pessoais dos reféns não seriam abertas por questões de "privacidade". O Washington Post informou que três dos presos seriam americanos trabalhando no Iêmen no setor privado. O quarto, cuja ocupação é desconhecida, teria dupla cidadania: iemenita e americana. O porta-voz de Hadi em Ryad, Rajed Badi, declarou neste domingo que representantes dos houthis e autoridades dos Estados Unidos iniciaram negociações em Omã com o objetivo de acabar com a guerra no Iêmen. O país vizinho não tomou parte nos conflitos. Nem as milícias xiitas nem a Casa Branca, porém, confirmaram a informação. Ataques aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita sobre bases rebeldes em todo o território iemenita continuaram intensos neste domingo. Os bombardeios atingiram uma base aérea próxima ao aeroporto de Sanaa e uma instalação militar alinhada com os houthis. Segundo o canal de televisão dos rebeldes, foram 25 ataques aéreos nas províncias de Saada e Hajja, na fronteira. De acordo com as Nações Unidas, cerca de 2 mil pessoas morreram e mais de 8 mil ficaram feridas nos conflitos no Iêmen desde o dia 19 de março. MSB/ap/rtr/afp
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