Estado Islâmico alega ter tomado toda a cidade de Ramadi, no Iraque
Em um site frequentado por membros do Estado Islâmico, uma mensagem do grupo alegava que seus militantes tomaram toda a cidade de Ramadi. A mensagem afirma que o grupo tomou uma base do exército, assim como tanques e lançadores de mísseis que foram deixados para trás por soldados em fuga. Embora a veracidade do texto não tenha sido imediatamente confirmada, a mensagem é parecida com outras já publicadas pelo grupo e foi compartilhada online por conhecidos apoiadores dos extremistas.
O recuo de algumas forças lembra o colapso da polícia iraquiana e forças militares no passado, quando o Estado Islâmico fez sua primeira entrada no Iraque e capturou cerca de um terço do país.
Policiais e oficiais militares disseram que ocorreram pelo menos quatro bombardeios simultâneos, os quais tinham policiais como alvo. Ao menos dez pessoas morreram, segundo informaram, e outras 15 foram feridas. Entre os mortos, está o coronel Muthana al-Jabri, chefe da estação policial de Malaab, disseram.
Mais tarde, a polícia disse que três suicidas dirigiram carros com explosivos na direção dos portões da operação de comando de Anbar, quartel-general dos militares da província. Cinco soldados morreram e 12 se feriram.
Fortes enfrentamentos eclodiram entre forças de segurança e militantes do Estado Islâmico logo depois dos ataques. Os extremistas depois tomaram Malaab assim que forças do governo recuaram, com militantes passando a afirmar que eles agora controlam o quartel-general dos militares.
Um policial que estava em Malaab afirmou que as forças que recuaram deixaram cerca de 30 veículos do exército e armas, incluindo fuzis. Segundo ele, doze oficiais da polícia ficaram desaparecidos depois do enfrentamento.
Todos os oficiais falaram sob condição de anonimato, uma vez que não têm autorização para dar informações à jornalistas.
Uma autoridade na província de Anbar, o conselheiro Athal al-Fahdawi, afirmou que a cidade caiu nas mãos dos militantes. Outro, o conselheiro Mahmoud Khalaf, negou a informação. O governo iraquiano não comentou.
O revés ocorre apenas um dia depois da decisão de Bagdá de mandar reforços para ajudar as forças em Ramadi. Embora tenha falado em uma transmissão da TV estatal, o primeiro-ministro Haider al-Abadi não comentou a situação de Ramadi ou de qualquer outro local na província de Anbar. Aeronaves iraquianas lançaram ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico em Ramadi no domingo, disse o Ministro de Defesa, mas ele não elaborou.
Mais tarde, os militares emitiram uma declaração pedindo que os soldados não abandonassem a província de Anbar. "A vitória estará do lado do Iraque porque o Iraque está defendendo sua liberdade e dignidade, disse o texto, que não trouxe informações sobre o embate atual. Fonte: Associated Press.