Cessar-fogo não é respeitado no Iêmen, enquanto ONU pede negociações de paz
Autoridades iemenitas disseram que havia confrontos na cidade de Áden, no sul do país, e também em Taiz e Dhale, no oeste, apesar da trégua. Fontes tribais disseram que artilharia saudita atacou áreas fronteiriças no norte do país. As fontes pediram anonimato, pois não tinham autorização para falar com a imprensa.
Pelo menos nove civis morreram no ataque em Taiz, segundo uma fonte médica. Testemunhas confirmaram duros confrontos em Dhale e disseram que grandes comboios de rebeldes xiitas e forças aliadas foram enviados a Áden.
Os confrontos opõem rebeldes xiitas, conhecidos como houthis, e os partidários do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, que fugiu do país em março. Uma coalizão saudita ataca os rebeldes pelo ar, desde 26 de março.
A trégua tem sido violada inúmeras vezes, com os rivais culpando um ao outro.
O enviado da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, propôs conversas de paz em Genebra. Um porta-voz dos rebeldes, Hamed al-Bokheiti, disse que os houthis estavam dispostos a dialogar em qualquer lugar "neutro".
O conflito no Iêmen já deixou mais de 1.400 mortos, a maioria deles civis, desde 19 de março, segundo a ONU. O país de 25 milhões de habitantes enfrenta problemas de falta de alimentos, água e energia elétrica, como resultado do bloqueio liderado pelos sauditas.
O coordenador da questão humanitária para o Iêmen da ONU, Johannes Van Der Klaauw, disse que a situação "permanece extremamente preocupante", já que "as necessidades ainda estão aumentando". Fonte: Associated Press.