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Budistas em Mianmar negam que imigrantes em barcos sejam muçulmanos rohingya

16:20 | 27/05/2015
Centenas de manifestantes na principal cidade de Mianmar, Rangum, negaram que as pessoas que tem chegado de barco na costa do sudeste asiático sejam muçulmanos rohingya, minoria religiosa rejeitada pelo governo e pela nação budista.

Cerca de 30 monges budistas radicais lideraram os protestos em Rangum. Os manifestantes seguravam placas com os dizeres: "As pessoas que chegaram de barco não são de Mianmar" e "A Organização das Nações Unidas (ONU) e a imprensa internacional estão inventando histórias!".

Mianmar tem experimentado uma onda de nacionalismo budista, uma vez que começou a se mover

da ditadura para a democracia, há quatro anos.

Nas últimas semanas, mais de 3 mil rohingyas e bengaleses fugiram da perseguição e da pobreza e desembarcaram na Indonésia, Tailândia e Malásia.

"Isso não é problema de Mianmar, esta é uma questão global agora", disse o monge budista Thuda Nanda. "Essas pessoas do barco se fazem de rohingyas. Elas estão fingindo serem refugiadas para que possam encontrar um caminho para chegar até Mianmar. Não podemos aceitá-las", acrescentou. Fonte: Associated Press.

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