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UE autoriza dez novos organismos geneticamente modificados

14:38 | 24/04/2015
Produtos incluem variedades de milho e soja e entram para lista que já contém 58 itens aprovados no bloco. Recentes medidas europeias são criticadas pelo Greenpeace, que diz que objetivo é agradar a grandes corporações. A Comissão Europeia concedeu nesta sexta-feira (24/04) dez novas autorizações para organismos geneticamente modificados (OGMs), incluindo variedades de milho, soja, algodão e colza. O órgão executivo da União Europeia (UE) também renovou as licenças para sete OGMs e confirmou a permissão para importação de dois tipos de craveiros. Os 19 OGMs aprovados somam-se a outros 58 que já podem ser vendidos no bloco. "Todos esses produtos foram testados e aprovados antes de serem colocados no mercado da UE", declarou a Comissão Europeia. Em comunicado, o órgão afirma que os testes foram realizadas pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar e que essas autorizações são válidas por dez anos. Os OGMs recém-aprovados são produzidos por empresas como as americanas Monsanto e DuPont e as alemãs Bayer e BASF. Nesta semana, a Comissão Europeia aprovou uma lei que deve facilitar que os países do bloco proíbam o uso de organismos geneticamente modificados. O sistema atual dificulta que membros da União Europeia proíbam individualmente OGMs, pois a medida requer apoio da maioria dos países do bloco e seria aplicada em toda a UE. Agora, a Espanha, por exemplo, que já cultiva OGMs e quer crescer no setor, poderá superar a oposição de países como a França. Os Estados Unidos criticaram a decisão da UE de permitir que cada país-membro decida sobre a importação de controversos alimentos e ração animal geneticamente modificados. Segundo os EUA, tal medida irá permitir que 28 países do bloco "ignorem a segurança baseada em dados científicos e resoluções ambientais aprovadas pela União Europeia". Organizações ambientais, como o Greenpeace, criticaram a medida ao argumentar que ela "abriu as portas para uma nova onda de colheitas de OGMs, a fim de agradar a corporações americanas de biotecnologia e comerciantes". GB/dpa/rtr/afp
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