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Órgão regulador alemão não sabia de depressão de copiloto

15:32 | 05/04/2015
Autoridade de aviação da Alemanha afirma que não foi informada dos problemas de Andreas Lubitz. Lufthansa, empresa da qual a Germanwings é subsidiária, se defende e garante que cumpre as regras. A autoridade de aviação alemã afirmou neste domingo (05/04) que não foi informada dos problemas psíquicos de Andreas Lubitz, copiloto que, segundo as investigações, provocou deliberadamente a queda do Airbus da Germanwings, com 150 pessoas a bordo. Lubitz interrompeu seu treinamento de piloto durante vários meses em 2009 e, após reiniciar o curso, informou a escola de treinamento de pilotos da Lufthansa, por e-mail, que havia superado um período de grave depressão. A Lufthansa, companhia matriz da Germanwings, disse que ele passou todos os testes médicos e de aptidão ao reiniciar o treinamento. O Departamento Federal de Aviação (LBA), autoridade alemã que emite licenças dos pilotos com base em certificados anuais de aptidão emitidos por médicos, afirmou que não tinha "informação alguma" antes da queda do avião sobre o período de depressão de Lubitz. De acordo com os regulamentos europeus, os médicos devem relatar às autoridades reguladoras sobre pilotos com sérios problemas psiquiátricos. Os regulamentos não especificam se isso se aplica a pilotos que sofreram de problemas psiquiátricos no passado. "A Lufthansa sempre cumpre sua obrigação de fornecer informações ao LBA", garantiu a companhia, por comunicado, neste domingo. Ela se negou a emitir comentário sobre o caso Lubitz, afirmando não querer interferir na investigação em curso. A Lufthansa também não quis revelar para quem Lubitz enviou um e-mail em 2009 informando a escola de voo sobre sua depressão. "Problemas" no LBA A informação chega um dia depois de a Comissão Europeia afirmar que sua autoridade reguladora do setor, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa), encontrou "problemas" no LBA, em uma revisão periódica sobre implementação de medidas de segurança aérea. Sua declaração não revelou quando a revisão foi realizada. Mas o jornal americano Wall Street Journal afirmou que a comissão pediu em novembro que Berlim "resolvesse os problemas de longa data", meses antes da queda do avião da Germanwings. Funcionários da UE encontraram uma situação de falta de pessoal no LBA, que poderia ter limitado sua capacidade de efetuar os controles de aviões e tripulações, incluindo exames médicos, informou o jornal, que cita duas fontes familiarizadas com o assunto. MD/dpa/rtr
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