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Milhares protestam contra o governo da Coreia do Sul por reformas trabalhistas

17:20 | 24/04/2015
Milhares de manifestantes contrários ao governo marcharam em cidades pela Coreia do Sul hoje, criticando as políticas para o setor trabalhista do cada vez mais impopular presidente Park Geun-hye. As manifestações foram orquestradas por uma das duas principais centrais sindicais do país.

Há uma semana, a polícia entrou em confronto com manifestantes em Seul, durante um protesto contra a maneira como o governo lidou com um desastre em um ferry que matou mais de 300 pessoas, há um ano.

Porta-voz da Confederação Coreana dos Sindicatos, Park Seong-shik disse que a manifestação contou com a presença de 10 mil pessoas em Seul, sem nenhum confronto significativo com a polícia. Milhares de policiais acompanharam o protesto.

Organizações sindicais criticam as políticas que, segundo eles, irá reduzir seus salários e a segurança no trabalho, além de reprovar a revisão do sistema previdenciário para os empregados do governo e o predomínio econômico das famílias donas de conglomerados de empresas, conhecidos como chaebol. "O governo de Park Geun-hye precisa mudar as atuais políticas que servem apenas ao chaebol", disse o presidente da central sindical, Han Sang-goon, durante a manifestação.

Confrontos esporádicos aconteceram em outras cidades, incluindo Daegu, onde a polícia usou jatos d'água para dispersar os manifestantes que ocupavam uma rodovia. Não havia relatos sobre feridos.

Há outra grande manifestação planejada em Seul neste sábado, quando trabalhadores sindicalizados planejam se unir aos grupos que apoiam as famílias de vítimas do desastre do ferry. Eles pedem que o governo autorize uma investigação mais abrangente da causa do naufrágio. Houve 304 mortes nesse incidente, a maioria delas de estudantes de uma escola de Ensino Médio, em 16 de abril de 2014.

Promotores atribuíram o naufrágio à negligência da tripulação, ao excesso de peso e a erros na maneira de estocar os itens no navio. Também atribuíram o problema à lentidão nos esforços de resgate. Já parentes das vítimas dizem que a investigação foi insuficiente e pedem um comitê independente para apurar a possível responsabilidade do governo e o fato de ter morrido tanta gente. Dezenas de pessoas ficaram feridas no confronto entre manifestantes e a polícia no sábado. Fonte: Associated Press.

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