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Merkel se diz chocada com naufrágios no Mediterrâneo

10:40 | 20/04/2015
Governo alemão afirma que é necessário agir para evitar que as tragédias com refugiados se repitam. Situação atual não é digna da Europa, diz a chancelaria federal. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, disse estar chocada com o recente naufrágio de imigrantes no Mediterrâneo, acidente que matou centenas de pessoas, e quer que a Europa encontre respostas para o problema dos refugiados africanos. "Para o governo alemão está claro que é necessário agir", afirmou nesta segunda-feira (20/04) o porta-voz Steffen Seibert. Segundo ele, o governo alemão vê como prioridade neste momento salvar o maior número de vidas e, a médio e longo prazo, reforçar a luta contra o tráfico de pessoas e estabilizar os países de origem dos migrantes. A chefe de governo alemã está chocada, "assim como milhões de alemães", com o naufrágio de domingo no norte da Líbia, em que podem ter morrido mais de 700 pessoas, disse Seibert. Segundo ele, os líderes europeus devem se questionar sobre "o que pode e deve ser feito para que estas catástrofes não se repitam" e sobre "como podem agir em relação à Líbia para impedir que a complicada situação política do país não deixe caminho livre aos traficantes de seres humanos". As vítimas "partiram desesperadas, talvez também com esperanças, para a Europa, e o fato de terem encontrado a morte é uma tragédia", disse Seibert. "O fato de isso estar acontecendo com triste regularidade no Mediterrâneo não é uma situação digna da Europa. Um continente que tem um compromisso com a humanidade tem de encontrar respostas, mesmo quando não há respostas fáceis", acrescentou. A chanceler alemã falou no domingo, por telefone, com o primeiro-ministro italiano, Mateo Renzi, para se informar sobre o alcance da tragédia, informou Seibert. O porta-voz adiantou que a chefe de governo alemã quer entrar em contato com outros líderes europeus nos próximos dias para tratar do assunto. O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, ressaltou nesta segunda-feira, através de comunicado, que os fatos "exigem uma resposta europeia" e que não há "respostas fáceis". MD/efe/afp/lusa
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