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Mais de 90 mil iraquianos fogem de avanço do EI

16:23 | 19/04/2015
ONU registra situação dramática em Bagdá, devido ao enorme fluxo de refugiados. Autoridades barram ingresso à capital, alegando razões de segurança. Em centro petroleiro no norte do Iraque, jihadistas sofrem revés. Mais de 90 mil habitantes da província de Anbar, no oeste do Iraque, estão em fuga dos combates e do terror da milícia jihadista do "Estado Islâmico" (EI). Há cada vez mais refugiados da capital provinciana Ramadi e de localidades próximas, que se deslocam também em direção a Bagdá. O alarme foi dado neste domingo (19/04) pela Organização das Nações Unidas, que registra condições caóticas na capital iraquiana. "A prioridade máxima é abastecer as pessoas com artigos necessários à sobrevivência: água, alimentos e um abrigo estão bem no alto da lista", explicou Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU no Iraque. No restante do país, o governo está aparentemente sobrecarregado com o grande número de refugiados. No sábado, desenrolaram-se cenas dramáticas às portas de Bagdá, pois as autoridades barraram o ingresso dos refugiados. Ativistas iraquianos de direitos humanos informam que milhares de habitantes de Ramadi estão acampados em torno da capital, sem acesso a água ou gêneros alimentícios. Os responsáveis pela decisão alegam razões de segurança. Dessa maneira, tenta-se evitar que terroristas do EI, eventualmente infiltrados entre a multidão, penetrem em Bagdá. Fontes do governo afirmam que o Exército está preparando uma ofensiva para forçar o EI a se retirar de Ramadi, assim que receber reforços de Bagdá. A ONU calcula em quase 3 milhões o total de pessoas em fuga no Iraque desde janeiro de 2014. Cerca de 200 quilômetros ao norte, os jihadistas do "Estado Islâmico" sofreram um revés considerável neste sábado. Com ajuda da aliança militar internacional liderada pelos Estados Unidos, as Forças Armadas nacionais e milícias xiitas conseguiram expulsá-los da cidade de Baiji, onde se localiza a maior refinaria de petróleo do país. Antes, os terroristas haviam ocupado ruas e prédios do complexo industrial, vital para a indústria petroleira iraquiana. AV/rtr/ap/dpa
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