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Califórnia impõe racionamento de água pela primeira vez na história

11:01 | 02/04/2015
Seca histórica afeta estado americano há quatro anos e obrigou administração a decretar estado de emergência. Determinações inéditas buscam diminuir consumo hídrico em 25%. O governador da Califórnia, Jerry Brown, anunciou nesta quinta-feira (02704) medidas de racionamento de água pela primeira vez na história do estado, com o objetivo de cortar um quarto do consumo de recursos hídricos. A medida é tratada como necessária para combater a pior seca desde que começaram os registros na região, há 65 anos. Brown fez o anúncio durante uma entrevista coletiva concedida nas montanhas de Sierra Nevada, lugar que normalmente deveria estar coberto de neve nesta época do ano. "Hoje, estamos sobre erva seca onde deveria haver cinco pés (um metro e meio) de neve", disse Brown. "Enfrentamos uma seca histórica e isso pede ações extraordinárias. Estamos numa nova era. A ideia de um gramadinho belo e verde, sendo regado todo dia, é coisa do passado." A decisão foi provocada devido ao nível mais baixo de neve responsável por cerca de um terço do abastecimento hídrico californiano já registrado no estado. A seca castiga a Califórnia há quatro anos, obrigou o governo a decretar estado de emergência e parece longe de chegar ao fim. A ordem executiva emitida por Brown pretende conseguir uma redução de 25% no uso da água nas cidades californianas. As determinações afetarão residências, comércio e outros estabelecimentos. Algumas serão de caráter obrigatório. Substituição de gramados Entre as medidas de economia de água está a substituição de 4,6 milhões de metros quadrados de gramado por paisagens resistentes à seca, cuja manutenção permita uma irrigação menos intensiva. Também foi ordenado que companhias de fornecimento de água sejam mais agressivas, taxando adicionalmente o consumo elevado. Um programa estadual vai ser criado para encorajar os cidadãos a substituir velhas instalações por modelos modernos, que permitem um consumo eficiente de água e energia. A decisão pede que universidades, campos de golfe, cemitérios e outros grandes consumidores de água reduzam seus gastos de forma significativa. O setor de agricultura, que já trabalha com consumo de água reduzido e sofre perdas bilionárias, foi poupado das restrições. MD/rtr/lusa/ap
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