O Banco Mundial anunciou nesta sexta-feira que dará pelo menos US$ 650 milhões a três países africanos nos próximos 12 a 18 meses, para ajudar a que eles se recuperem dos efeitos devastadores da epidemia de ebola. A doação, que eleva o total da organização para resposta à doença para US$ 1,62 bilhão, é parte de um esforço mais amplo para auxiliar Guiné, Libéria e Serra Leoa a erradicar a doença e a se recuperar de seus efeitos.

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, anunciou o novo financiamento durante um encontro com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o presidente da Guiné, Alpha Conde, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, e o presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, que apresentaram seus planos de recuperação para o ebola.

"Muitos de nós admitiram que a comunidade internacional foi lenta para reagir ao ebola", afirmou Kim. "Vamos mostrar que aprendemos essa lição ao apoiar o crescimento eficaz e sustentável que também prepara esses países - e o restante do mundo - para a próxima pandemia", completou.

Ban disse que os esforços internacionais "precisam agora enfocar na ação efetiva para eliminar o ebola, a retomada e o fortalecimento dos sistemas de saúde e garantir a resiliência de comunidades diante de ameaças futuras". O secretário-geral da ONU disse que realizará uma conferência em julho para buscar fundos para a recuperação desses países. O Banco Mundial estima que as perdas do Produto Interno Bruto (PIB) por causa do Ebola totalizem US$ 240 milhões para a Libéria, US$ 355 milhões para a Guiné e US$ 1,4 bilhão para Serra Leoa.

A presidente da Libéria, falando também em nome dos colegas, disse que eles esperam obter até US$ 8 bilhões para um fundo de recuperação, a fim de que os três países desenvolvam projetos em conjunto. Ela disse que os três presidentes ficaram encorajados com o que ouviram no encontro. Fonte: Associated Press.