Ataques contra imigrantes se multiplicam no centro de Johannesburgo
Seis pessoas já morreram desde o início das agressões, no começo do mês

Doze pessoas foram detidas na madrugada desta sexta-feira, 17, por ataques contra estrangeiros em Johannesburgo, onde a onda de xenofobia aumentou, informou a polícia.
"Doze suspeitos foram detidos por tentar atacar lojas que eram propriedade de estrangeiros", explicou um porta-voz da polícia, o tenente-coronel Lungelo Dlamini.
De acordo com informações locais, os manifestantes de uma residência de trabalhadores saíram às ruas para exigir que os estrangeiros deixem a África do Sul, atearam fogo em carros e enfrentaram a polícia.
Não foram registrados feridos, disse Dlamini.
Onda xenofóbica
Este foi o último incidente em uma onda de violência que começou no início do mês no porto de Durban e que até o momento deixou seis mortos.
A tensão era palpável nesta sexta-feira, e trabalhadores desta residência seguiam exigindo diante dos jornalistas que os imigrantes deixem a cidade.
"Condenamos a violência de forma contundente. Convocamos a calma e pedimos o fim da violência", declarou na quinta-feira ante o Congresso o presidente sul-africano, Jacob Zuma.
No início do ano, outros ataques em Soweto, ao sul de Johannesburgo, obrigaram comerciantes de nacionalidade estrangeira a abandonar suas propriedades e fugir, diante do medo de serem assassinados.
O desemprego chega a 25% na África do Sul, e as perspectivas econômicas são ruins para este ano.
AFP