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Ataques aéreos da Arábia Saudita se intensificam e atingem a capital do Iêmen

15:30 | 17/04/2015
Os ataques aéreos liderados por uma coalizão saudita contra rebeldes xiitas se intensificaram no Iêmen nesta sexta-feira, com bombardeios na capital iemenita, Sanaa, e também na segunda maior cidade do país, Taiz. Com isso, os ataques atingiram seu nível mais intenso desde o início da campanha no mês passado, segundo fontes locais do setor de segurança.

Colunas espessas de fumaça subiam sobre Sanaa, com a explosão de estoques de armas nas montanhas próximas da cidade. Moradores continuavam a fugir da violência, de acordo com fontes, que pediram anonimato por não ter autorização para falar com a imprensa.

Em Taiz, os rebeldes conhecidos como houthis entraram em confronto com unidades do Exército leais ao presidente exilado, Abed Rabbo Mansour Hadi, com tanques e metralhadoras disparando ao longo do dia e ataques aéreos atingindo uma base militar da Guarda Republicana, aliada dos houthis.

Os ataques aéreos também continuam em Saada, bastião houthi no norte do país, e também em Áden, cidade portuária do sul iemenita que os rebeldes tentam tomar há semanas, em cooperação com forças leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh.

A Organização das Nações Unidas, por sua vez, pediu à comunidade internacional que forneça US$ 274 milhões para ajudar a salvar vidas e proteger 7,5 milhões de pessoas afetadas pelo conflito no país. Em comunicado, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que, junto com seus parceiros no Iêmen, necessitava de fundos para comprar equipamentos médicos, água potável, alimentos, abrigos de emergência e apoio logístico.

Os confrontos entre os rebeldes e as forças leais a Hadi se intensificaram em março. A coalizão liderada pelos sauditas reunindo importantes países sunitas na região lançou ataques aéreos em 26 de março, mas até agora fracassou em interromper o avanço dos rebeldes ou levá-los a se entregar. O Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU afirmou que os distúrbios mataram centenas de pessoas e deixaram pelo menos 150 mil sem casa. Segundo o escritório, a necessidade de abrigos se mostra como um assunto humanitário emergencial no país neste momento. Fonte: Associated Press.

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