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Ucrânia pede que UE mantenha sanções para pressionar Rússia

11:10 | 19/03/2015
A Ucrânia pediu à União Europeia (UE) nesta quinta-feira que permaneça unida na manutenção das sanções que pressionam a Rússia no que diz respeito ao conflito no leste ucraniano. Líderes do bloco participam de uma reunião de cúpula em Bruxelas.

O primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk disse que se o presidente russo Vladimir Putin está tentando dividir a Europa a respeito da Ucrânia, uma demonstração de unidade durante a reunião "será a melhor resposta".

A Rússia e o conflito na Ucrânia estão no topo da pauta da reunião de dois dias em Bruxelas, mas os líderes não devem anunciar novas sanções porque o acordo de paz assinado em Minsk vem sendo, em grande parte, implementado.

Mais de 6 mil pessoas foram mortas no conflito entre o Exército ucraniano e separatistas pró-Rússia.

A UE impôs proibição de concessão de vistos e o congelamento de ativos para 150 indivíduos, dentre eles russos do alto escalão do governo, e a 37 entidades como bancos, empresas e grupos rebeldes. O bloco também impôs sanções econômicas que atingiram interesses financeiros e energéticos russos.

Os 28 países da UE, muitos com interesses divergentes e estratégicos na Rússia, lutam para manter uma frente unida no que diz respeito às ações contra Moscou.

A chanceler alemã Angela Merkel disse que seu foco na cúpula do bloco será garantir a unidade no que diz respeito às sanções e ao acordo de cessar-fogo. "Eu trabalharei nesta noite para que a extensão das sanções seja guiada pelo acordo de Minsk e seu cumprimento", declarou ela ao Parlamento alemão antes de partir para Bruxelas.

Para Yatsenyuk, se houver rachas no bloco, "será o maior sucesso na história para o presidente Putin". "Eu rejeito fortemente qualquer debate sobre o alívio das sanções", declarou o premiê ucraniano.

Ele também expressou otimismo a respeito do apoio europeu ao pedido de seu governo para o envio de uma força internacional de capacetes azuis da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Ucrânia. "Todos querem a paz na Europa. Uma das ferramentas para chegarmos à paz é enviar forças de paz."

Os líderes devem destacar sua intenção de estender as sanções já existentes se os acordos de paz não forem implementados.

Eles vão afirmar seu apoio ao processo de paz de Minsk e destacar a responsabilidade da Rússia em sua implementação, segundo um rascunho da declaração da reunião à qual a Associated Press teve acesso.

Eles também oferecerão ajuda para melhorar a capacidade da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para monitorar o cessar-fogo no leste da Ucrânia.

Também nesta quinta-feira, um influente comitê parlamentar europeu votou a favor do plano para fornecer à Ucrânia 1,8 bilhão de euros (US$ 1,92 bilhão) em empréstimos para ajudar a retirar o país da recessão econômica.

A medida formaliza o plano que entrará formalmente em vigor em 25 de março e pelo qual dois terços desse valor será desembolsado até o final do ano. Fonte: Associated Press.

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