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Sequestro em Istambul termina com morte de refém

18:46 | 31/03/2015
Após ser mantido sob ameaça de membros de grupo de esquerda DHKP-C por seis horas, promotor é baleado durante operação policial. Organização classificada como terrorista está por trás de atentados na capital turca. Um promotor de Istambul que foi feito refém por membros de um grupo de extrema esquerda morreu nesta terça-feira (31/03), após uma tentativa da polícia de libertá-lo. Forças de segurança invadiram o tribunal onde ele se encontrava, matando os dois sequestradores e ferindo o promotor, que não resistiu. O Partido/Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C) havia publicado uma foto do promotor, Mehmet Selim Kiraz, com uma arma apontada para sua cabeça e afirmou que o mataria se as demandas do grupo não fossem atendidas. O sequestro num tribunal no centro da capital turca durou seis horas. O chefe de polícia Selami Altinok disse que as autoridades haviam estabelecido comunicação com os sequestradores, mas foram obrigados a agir ao ouvirem tiros. Segundo o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Kiraz foi baleado três vezes na cabeça e duas no corpo. Ele foi levado a um hospital para uma cirurgia de emergência, mas acabou morrendo. Kiraz estava conduzindo uma investigação sobre a morte de Berkin Elvan, de 15 anos. O jovem morreu em março do ano passado após nove meses em coma em decorrência de um ferimento durante protestos antigoverno. O DHKP-C havia dado ao promotor a tarde desta terça-feira como prazo para que ele identificasse os policiais que o grupo considera culpado pela morte de Elvan e os forçasse a confessar ao vivo na televisão. Os radicais também disseram em sua página na internet querer que acusações contra aqueles que participaram de protestos a favor de Elvan após sua morte fossem retiradas. Elvan tornou-se um ícone para a extrema esquerda turca e seus apoiadores acusam as autoridades de encobrir as circunstâncias da morte do jovem. Os EUA, a União Europeia e a Turquia consideram o DHPK-C uma organização terrorista. O grupo esteve por trás de um ataque suicida na embaixada dos EUA em 2013. Em 2001, dois policiais e um turista australiano morreram num atentado do DHPK-C no centro de Istambul. LPF/rtr/ap/afp
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