Partido de Sarkozy sai vitorioso de eleições na França
Projeções mostram que conservador UMP pode ter tirado 30 "départements" dos socialistas, liderados pelo presidente François Hollande. Sarkozy diz que resultado mostra "rejeição massiva" ao governo francês.
O partido de centro-direita União por um Movimento Popular (UMP), do ex-presidente Nicolas Sarkozy, foi o grande vencedor no segundo turno das eleições departamentais realizadas na França neste domingo (29/03).
Segundo projeções da agência CSA, feitas para o canal de televisão BMFTV, 30 dos 101 départements franceses, ou unidades locais de governo, devem assistir a uma troca de comando das mãos do Partido Socialista, do atual presidente François Hollande, para a UMP de Sarkozy.
Os socialistas devem ficar com o comando de apenas 27 a 31 départements, bem abaixo dos 60 que governa atualmente, segundo as primeiras projeções. Já a aliança entre a UMP e os centristas deve obter a direção de algo entre 66 e 70 número acima dos 41 atuais.
A ultradireitista Frente Nacional, de Marine Le Pen, pretendia conquistar dois, mas no fim da noite de domingo a legenda confirmou não ter alcançado nenhum, segundo a agência de notícias AFP. Le Pen, porém, considera os resultados deste domingo uma "base para grandes vitórias de amanhã".
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, reconheceu a vitória da direita no segundo turno e disse que os resultados nas urnas são uma decepção para a esquerda no país, que se dividiu. No entanto, ele afirmou que a derrota não vai tirar a atenção do governo da agenda reformista que está sendo implementada na França, com o objetivo de aumentar os níveis de emprego.
Nicolas Sarkozy declarou que a vitória da sua UMP é consequência da "reprovação massiva das políticas de seu sucessor, François Hollande". O ex-presidente afirmou que seu partido nunca tinha conseguido vencer em tantos départements desde a instauração da República, nem a maioria do governo tinha perdido tanto espaço antes.
Observadores destacaram que as eleições departamentais funcionam como uma espécie de teste para saber como a população encara o governo de centro-esquerda de Hollande. As eleições presidenciais acontecem em 2017.
O comparecimento às urnas nestas eleições foi baixo, de apenas 42% no primeiro turno e 41,9% no segundo.
MSB/efe/ap/dpa/rtr/afp