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Ministro de Relações Exteriores do Iêmen pede intervenção contra rebeldes

09:50 | 25/03/2015
O ministro de Relações Exteriores do Iêmen, Riad Yassin, pediu uma "imediata" intervenção militar árabe contra os rebeldes xiitas, que avançam para o sul do país.

Yassin disse nesta quarta-feira à emissora de televisão Al-Arabiya, de Dubai, que o Iêmen havia pedido aos países árabes - especialmente as nações sunitas ricas em petróleo do Golfo Pérsico - que enviem forças aéreas e navais para conter os rebeldes xiitas, conhecidos como houthis.

O ministro acusa os houthis de abrirem caminho para a tomada iraniana do Iêmen. Os rebeldes negam ter ligações com Teerã.

As declarações do ministro foram feitas horas depois de o presidente iemenita Abed Rabbo Mansour Hadi ter fugido de seu palácio em Áden, onde estava desde que deixou a prisão domiciliar em Sanaa, para um local desconhecido. Os rebeldes ofereceram uma recompensa em dinheiro pela captura do presidente.

Hadi fugiu horas depois de a emissora de televisão dos rebeldes ter informado a tomada da maior base aérea do país. Esta base fica a apenas 60 quilômetros de Áden, a cidade portuária onde Hadi havia estabelecido a capital temporária do Iêmen.

Testemunhas disseram ter visto um comboio com veículos presidenciais deixando o palácio de Hadi nesta quarta-feira. A residência fica no topo de uma colina de onde se vê o Mar da Arábia.

Funcionários da presidência disseram que Hadi está numa sala de operações supervisionando a resposta de suas forças. As fontes, que falaram em condição de anonimato, negaram-se a informar a localização da instalação.

O avanço dos rebeldes xiitas ameaça jogar o país árabe mais pobre do mundo numa guerra civil que pode atrair vizinhos do Golfo. Hadi já pediu que a Organização das Nações Unidas autorize uma intervenção militar no país.

A televisão estatal iemenita, controlada pelos houthis, ofereceu US$ 100 mil pela captura de Hadi. Autoridades disseram que o ministro da Defesa, major-general Mahmoud al-Subaihi e seu principal auxiliar foram detidos na cidade de Lahj, no sul, onde havia confrontos com forças houthis. Os dois teriam sido transferidos para Sanaa. Fonte: Associated Press.

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