PUBLICIDADE
Notícias

Fidel recebe espiões libertados pelos EUA

17:49 | 02/03/2015
Ramón Labañino (e) e Gerardo Hernández ao lado de Fidel Castro, na casa do ex-presidente de CubaLos Cinco, como são chamados, foram à casa do ex-presidente. Três deles foram libertados no dia do acordo entre Cuba e EUA. Fotos mostram Fidel Castro sentado e mais magro. O ex-presidente cubano Fidel Castro recebeu no sábado passado (28/02) os três agentes secretos cubanos libertados em dezembro pelos Estados Unidos, no âmbito da reaproximação entre os dois países. "Recebi-os no sábado, 28 de fevereiro, 73 dias depois de terem posto os pés em solo cubano, e ouvi os maravilhosos relatos de heroísmo do grupo", escreveu Fidel Castro numa carta publicada por vários jornais cubanos. Realizado na casa de Fidel, no oeste de Havana, o encontro de cinco horas contou também com a presença de outros dois agentes secretos anteriormente libertados pela Justiça dos Estados Unidos. O grupo é conhecido em Cuba como Los Cinco (Os cinco). O diário oficial Granma divulgou no seu site 13 fotografias do encontro, nas quais o ex-chefe de Estado cubano, de 88 anos, aparece sentado, agasalhado e visivelmente mais magro. Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero, condenados em 2001 a pesadas penas de prisão por espionagem, regressaram à ilha em 17 de dezembro, dia do anúncio histórico da reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos. Fernando González e René González haviam sido libertados em 2013 e 2014, respectivamente, após reduções de pena. Antes de se afastar do poder, em 2006, o ex-presidente fez da libertação dos cinco agentes uma verdadeira causa nacional. E a sua ausência quando os três últimos espiões libertados regressaram ao país alimentou rumores sobre o seu estado de saúde. Essas especulações só desapareceram no início de fevereiro, com a publicação das primeiras fotos de Fidel em quase seis meses. As autoridades cubanas sempre admitiram que os cinco homens eram agentes secretos, mas rejeitavam a acusação de espionagem. "Eles nunca fizeram mal a ninguém nos Estados Unidos", apenas "tentaram prevenir e impedir os atos de terrorismo contra a ilha", repetiu Fidel Castro na sua carta. AS/lusa/efe/rtr
TAGS