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Salário mínimo deve barrar redução da economia informal na Alemanha

12:48 | 04/02/2015
Apesar do mercado de trabalho aquecido, introdução do mínimo de 8,50 euros por hora estimula trabalho ilegal no país, preveem especialistas. Setor deve ser responsável por 12% do PIB em 2015. O mercado de trabalho aquecido e o crescimento econômico que deve ter desempenho baixo, mas positivo devem frear a expansão da economia informal na Alemanha. Em contraste, o aumento das contribuições sociais e a introdução do salário mínimo de 8,50 euros por hora (cerca de 25 reais) servem como incentivo a esse tipo de trabalho. Esse é o prognóstico apresentado pelo especialista em economia informal, Friedrich Schneider, da Universidade de Linz, e pelo Instituto para Pesquisa Econômica de Tübingen. Eles calculam que a economia informal será responsável por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, a mesma percentagem de 2014. Entende-se como economia informal o trabalho clandestino ou ilegal, como atividades temporárias irregulares e aquelas que tenham como objetivo reduzir gastos com impostos e seguro social. Conjuntura favorável O estudo aponta que, considerando apenas a previsão conjuntural e a situação favorável do mercado de trabalho, a economia informal deveria encolher cerca de 1,3 bilhões de euros neste ano. No entanto, um ligeiro aumento nas contribuições para a segurança social e a introdução do salário mínimo tendem a ter o efeito contrário, de reforço à economia informal. Os pesquisadores preveem que, em 2015, a economia informal aumente devido à maior contribuição para o seguro para cuidados na velhice (Pflegeversicherung). Por outro lado, a contribuição para a aposentadoria foi reduzida de 18,9% para 18,7%, amortecendo o incremento do trabalho irregular. Levando em conta a influência dos fatores que incentivam e inibem a economia informal, o estudo conclui que ela sofrerá "um ligeiro aumento de 200 milhões de euros". Em comparação com outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o volume da economia informal na Alemanha fica num nível intermediário, semelhante ao da França e ao dos países escandinavos. Os autores do estudo preveem, no entanto, que em 2015 a economia paralela encolha na maioria dos membros da OCDE. Os países do sul da Europa Grécia, Itália, Portugal e Espanha continuam no topo da lista, com a economia informal variando entre 18% e 22% do PIB. Autor: Rolf Wenkel (mp)Edição: Luisa Frey
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