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Rússia rejeita missão da ONU na Ucrânia

08:21 | 19/02/2015
Presidente ucraniano pede que forças de paz das Nações Unidas monitorem o cessar-fogo no leste do país. Moscou critica a proposta, afirmando que o objetivo de Kiev é destruir o acordo de Minsk. A Rússia afirmou nesta quinta-feira (19/02) que o pedido do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, para que forças de paz da ONU intervenham no leste do país tem como objetivo destruir o já combalido acordo de cessar-fogo na região. Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia na noite desta quarta-feira, Poroshenko defendeu que uma missão de paz das Nações Unidas monitore o cessar-fogo no leste do país. Segundo o presidente ucraniano, a presença de forças de paz com um mandato do Conselho de Segurança da ONU seria a melhor forma de garantir a segurança "numa situação em que as palavras de paz não são observadas nem pela Rússia nem por aqueles que a apoiam", em referência aos separatistas pró-Rússia. O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, alertou que o pedido poderá destruir o acordo de cessar-fogo firmado em Minsk pela Alemanha, a França a Rússia e a Ucrânia, na semana passada. "Quando alguém, ao invés de agir conforme o que havia sido acordado, sugere tão cedo uma nova estratégia, levanta suspeitas de que deseja destruir o acordo" afirmou Churkin à agência estatal de notícias russa Ria Novosti. O acordo de Minsk estipulou que as tropas de Kiev e os separatistas interrompessem os combates no leste ucraniano no último fim de semana e iniciassem a retirada de armamentos pesados das zonas de conflito. Entretanto, os rebeldes ignoraram a trégua ao prosseguir com os ataques a Debaltsevo, um importante centro ferroviário localizado entre os bastiões rebeldes Donetsk e Lugansk. Nesta quarta-feira, a Ucrânia retirou milhares de soldados da região, após forte ofensiva dos separatistas que defendem que o é parte de seu território. Um porta-voz do Kremlin afirmou que uma nova conversa telefônica entre os líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França sobre a implementação do cessar-fogo deve acontecer nesta quinta-feira. O gabinete do presidente francês, François Hollande, confirmou a realização do telefonema entre os líderes, que inicialmente estava agendado para quarta-feira. RC/rtr/afp
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