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Premiê japonês defende condução do caso dos reféns mantidos pelo Estado Islâmico

08:30 | 02/02/2015
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, defendeu nesta segunda-feira sua polícia para o terrorismo. Durante um longo dia de debates no Parlamento, Abe defendeu-se de várias perguntas sobre a forma como cuidou da questão dos reféns, situação que terminou com a notícia, divulgada na manhã de domingo, de que o jornalista Kenji Goto havia sido decapitado pelos extremistas do grupo Estado Islâmico.

Abe afirmou que seu anúncio de ajuda não militar, no valor de US$ 200 milhões, para a luta contra o Estado Islâmico, feito durante uma visita ao Oriente Médio dias antes de os militantes exigirem o mesmo valor em troca da libertação dos dois reféns, teve como objetivo transmitir o forte compromisso do Japão no combate ao terrorismo e promover a paz e a estabilidade na região.

Alguns questionaram a decisão, afirmando que Abe deveria ter sido mais cauteloso e não ter mencionado o Estado Islâmico pelo nome. Respondendo a uma pergunta de um deputado da oposição, Abe confirmou que tinha ciência da situação dos reféns ao fazer o anúncio da ajuda.

O premiê disse que quis tornar pública a contribuição do Japão no combate ao extremismo e rejeitou a ideia de uma abordagem mais cautelosa. "Da mesma forma como a sociedade internacional busca restaurar a paz e a estabilidade no Oriente Médio...eu acho que era o destino mais apropriado para uma visita e que eu deveria transmitir minha mensagem para o mundo de lá", afirmou Abe. "Eu achei que anunciar a contribuição do Japão, no cumprimento de sua responsabilidade, ajudaria no combate ao terrorismo e evitaria sua expansão."

Abe disse não ter visto um aumento no risco de terrorismo após as ameaças feitas pelos extremistas num vídeo, no qual prometem atacar japoneses. "Os terroristas são criminosos", afirmou o premiê. "Estamos determinados a persegui-los e responsabilizá-los por seus atos."

Apesar disso, o Japão ordenou a elevação das precauções de segurança em aeroportos e outros meios de transporte público e em instalações japonesas no exterior, como embaixadas e escolas.

O governo também pediu aos jornalistas e outros cidadãos, que estiverem em áreas próximas ao conflito, que se retirem da região, tendo em vista o risco de novos sequestros e outras ameaças feitas pelos militantes.

A bandeira do lado de fora do gabinete do primeiro-ministro estava a meio mastro, em sinal de luto para morte de Goto e do outro refém, Haruna Yukawa, assassinado antes do jornalista. Fonte: Associated Press.

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