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Irã destrói réplica de porta-aviões americano em manobra militar

16:54 | 25/02/2015
Guarda Revolucionária lança exercício naval e aéreo de grande escala nas águas do Golfo Pérsico, pelas quais um quinto do petróleo mundial é transportado. Estados Unidos dizem não estar preocupados com a simulação. A Guarda Revolucionária do Irã realizou nesta quarta-feira (25/02) um exercício militar de grande escala nas águas estratégicas do Golfo Pérsico, em que dezenas de lanchas armadas invadiram uma réplica de um porta-aviões dos Estados Unidos, que foi atingido por mísseis. A manobra militar, nomeada "Grande Profeta 9", foi realizada perto do Estreito de Ormuz, importante via para navios petroleiros e por onde é transportado um quinto de todo o petróleo mundial. O exercício foi realizado dois dias depois de o porta-aviões francês Charles de Gaulle ter lançado operações militares no Golfo. Em dezembro, o Exército regular iraniano já havia realizado treinamentos navais na região. A televisão estatal do país mostrou imagens de mísseis sendo disparados a partir da costa e de pequenas embarcações atingindo a réplica de um porta-aviões americano. O exercício militar, que também incluiu abater um drone e colocar minas submarinas, foi o primeiro a envolver uma réplica de uma embarcação dos EUA. "Porta-aviões americanos são grandes depósitos de munições, abrigando muitos mísseis, foguetes, torpedos, entre outros", disse o chefe da Marinha, almirante Ali Fadavi, à televisão estatal. No mês passado, Fadavi já havia declarado que as forças da Guarda Revolucionária do Irã são capazes de afundar um porta-aviões americano em caso de guerra. O líder da Guarda Revolucionária, general Mohammad Ali Jafari, disse que o exercício manda "uma mensagem do Irã aos poderes extraterritoriais", numa referência aos EUA. "Tentaram destruir o equivalente a um cenário de Hollywood" O porta-voz do 5º batalhão da Marinha dos Estados Unidos no Bahrein, comandante Kevin Stephens, disse que o exercício naval iraniano começou há alguns dias e que não teve efeito nenhum sobre o tráfego marítimo na região. Stephens afirmou que os americanos estariam monitorando as manobras, mas minimizou o ataque simulado, dizendo que o Exército americano "não está preocupado com o exercício". "Estamos bastante confiantes sobre a capacidade de nossas forças navais de se defenderem", disse o comandante. "Parece que eles [os iranianos] tentaram destruir o equivalente a um cenário de filme de Hollywood." O Irã está atualmente negociando um acordo com os Estados Unidos e outras cinco potências mundiais sobre o seu programa nuclear. A expectativa ocidental é de que se chegue a um acordo no fim de março, e a uma decisão em julho. PV/ap/afp
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