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França começa a confiscar passaporte de potenciais jihadistas

10:56 | 23/02/2015
Seis cidadãos franceses que tentavam viajar para a Síria são impedidos de deixar o país, na primeira vez em que governo recorre a uma lei aprovada pelo Parlamento há três meses. Outros 40 devem ser apreendidos. Autoridades da França confiscaram os passaportes de seis supostos jihadistas que tentavam viajar para a Síria, informou o ministro do Interior Bernard Cazeneuve. Esta é a primeira vez que Paris recorre à medida, aprovada pelo Parlamento em novembro passado a fim de coibir a ação de terroristas. "Hoje, seis proibições administrativas impedindo a viagem dos titulares foram assinadas, e outras 40 estão a caminho", afirmou Cazeneuve a jornalistas. "Se cidadãos franceses conseguem deixar o país para cometer ações terroristas no Iraque e na Síria, o retorno deles ao país representa um perigo ainda maior para o território nacional e um grande risco de atos terroristas de alta escala." Os passaportes dos seis cidadãos franceses estão confiscados por seis meses. Após o período, as autoridades podem renovar o confisco junto à Justiça. Cazeneuve ressaltou ainda os esforços do governo na implantação de um sistema de alerta pelo qual familiares e amigos de jihadistas avisam autoridades sobre casos de radicais que estejam planejando deixar o país. Segundo o ministro, mais de mil casos já foram delatados e, como resultado, "dezenas" de viagens marcadas à Síria e ao Iraque não ocorreram. O governo francês calcula que cerca de 1.400 franceses tenham ligações com células de recrutamento na Síria e no Iraque, dos quais aproximadamente 400 já estão lutando juntamente com os extremistas. A França está em alerta máximo há mais de um mês. Em janeiro, 17 pessoas morreram vítimas de ataques terroristas em Paris, além dos três atiradores. MSB/rtr/afp
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