PUBLICIDADE
Notícias

Obama reduz agenda na Índia para prestar condolências na Arábia Saudita

15:58 | 24/01/2015
Corpo de rei Abdullah foi enterrado na sexta-feiraPresidente dos EUA viajará a Riad e se encontrará com o novo rei saudita, Salman bin Abdulaziz al-Saud. Maior exportador de petróleo do mundo, país árabe é importante aliado americano na instável região do Oriente Médio. Líderes e representantes de governos de diversos países do mundo encontram-se na Arábia Saudita neste sábado (24/01) para prestar condolências pela morte do rei Abdullah, falecido nesta sexta-feira aos 90 anos. Vítima de uma pneumonia, Abdullah comandava de fato o país, maior exportador de petróleo do mundo, há quase vinte anos. Apesar das profundas tensões e rivalidades entre o Irã e a Arábia Saudita, o ministro iraniano do Exterior, Mohammad Javad Zarif, esteve entre os primeiros a desembarcar em Riad neste sábado, onde foi recebido pelo governador da capital saudita, o príncipe Turki. Principais forças xiita e sunita no Oriente Médio, respectivamente, Irã e Arábia Saudita vêm tendo relações conturbadas nos últimos anos, principalmente devido ao diferente posicionamento frente à guerra civil na Síria. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encurtará a viagem à Índia e chegará em Riad na terça-feira. Segundo a Casa Branca, Obama deixará fora da agenda uma visita ao Taj Majal para viajar à Arábia Saudita, influente aliado americano na instável região do Oriente Médio. O último encontro do presidente dos EUA com Abdullah em território saudita havia sido em março do ano passado. O novo rei Salman Salman bin Abdulaziz al-Saud, que assumiu o comando do país árabe após a morte do meio-irmão, também deve receber nos próximos dias o príncipe Naruhito, do Japão; o rei da Espanha, Felipe 6º; o rei da Holanda, Willem-Alexander; e o príncipe Charles, do Reino Unido; entre outras autoridades internacionais. A pedido da chanceler federal alemã, Angela Merkel, o ex-presidente Christian Wulff viajará ao país árabe para apresentar as condolências de Berlim. Merkel acaba de voltar bastante gripada de Davos, onde participou do Fórum Econômico Mundial. O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, encontra-se em viagem pelo norte da África. A ideia de enviar Wulff teria partido da própria chanceler federal. O ex-presidente cunhou em 2010, quando ainda estava no cargo, em visita à Turquia, a frase: "O Islã também é parte da Alemanha". Devido aos ataques que mataram dezenas de pessoas na cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, o presidente Petro Poroshenko interrompeu a viagem à Arábia Saudita para voltar a Kiev e coordenar uma reação ao ataque, segundo o governo. O bombardeio em Mariupol ocorre no momento em que separatistas pró-russos anunciam uma ofensiva na região. Funeral simples Um dia antes, na sexta-feira, o funeral do rei Abdullah havia reunido diversos líderes estrangeiros na mesquita Imam Turki, em Riad. Diante do corpo do rei, um clérigo realizou orações, na presença dos membros da família real, incluindo o novo rei, Salman bin Abdulaziz al-Saud, e vários convidados internacionais. Entre os presentes estavam o rei Abdallah 2º, da Jordânia, o vice-primeiro-ministro do Omã, Fahd bin Mahmud al-Said; o primeiro-ministro e o presidente egípcios, Ibrahim Mehleb e Abdel Fatah al-Sisi; o primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif. De acordo com as tradições muçulmanas, o corpo do rei Abdullah foi vestido de branco e envolto com um pano simples. O rei foi enterrado numa cova anônima, da mesma forma que seu antecessor, o rei Fahd, que faleceu em 2005. Também não foi decretado um período de luto oficial na Arábia Saudita. MSB/ap/afp/rtr
TAGS