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Negociador expressa esperança sobre libertação de jornalista japonês

11:20 | 27/01/2015
O enviado do Japão à Jordânia expressou esperanças de que o refém japonês Kenji Goto e um piloto jordaniano mantidos pelo Estado Islâmico retornarão para casa "com um sorriso no rosto". Na capital jordaniana, Amã, o vice-ministro de Relações Exteriores Yasuhide Nakayama parecia determinado, afirmando acreditar que há "laços firmes" entre Japão e Jordânia.

"Eu espero que possamos todos trabalhar firmemente e unir nossas mãos para cooperar e que os dois países (Japão e Jordânia) cooperem para que vejamos o dia no qual o piloto jordaniano e nosso cidadão japonês Goto possam retornar em segurança para seus países com um sorriso no rosto", declarou Nakayama na noite de segunda-feira.

Foi a primeira vez que uma autoridade japonesa mencionou o piloto jordaniano, 1º tenente Mu'ath al-Kaseasbeh, capturado pelo Estado Islâmico em dezembro. Não estava claro quando a possível libertação do piloto entrou nas negociações.

Goto, que é jornalista, foi capturado no final de outubro na Síria, aparentemente quando tentava resgatar Haruna Yukawa, de 42 anos, que fora capturado meses antes pelos militantes.

Um vídeo foi divulgado na internet no final da semana mostra uma fotografia de Goto segurando o que parece ser uma imagem do corpo de Yukawa. Junto com a imagem foi disponibilizado um arquivo de voz que afirma ser Goto, dizendo que seus captores querem a libertação de Sajida al-Rashawi, uma mulher iraquiana sentenciada à morte na Jordânia por envolvimento num ataque suicida que matou 60 pessoas.

A mensagem retira a exigência do pagamento de US$ 200 milhões em resgate pelos dois japoneses, feita anteriormente também por meio da internet, além de comunicar a morte de Yukawa. Os militantes ameaçam matar Goto se al-Rashawi não for libertada.

A questão da troca de prisioneiros é sensível, tendo em vista a preocupação jordaniana com o piloto. Nakayama saiu da embaixada japonesa nesta terça-feira sem divulgar novas informações. "Há outros lados envolvidos, então não quero falar sobre detalhes das negociações", afirmou.

Autoridades japonesas consideram autêntico o vídeo divulgado na semana passada e também aceitam a probabilidade de que Yukawa esteja morto. Porém, a mensagem tem grandes diferenças em relações a vídeos postados anteriormente pelo grupo extremista.

Garantir a libertação de al-Rashawi seria um ótimo golpe de propaganda para o Estado Islâmico. A iraquiana fugiu, mas foi capturada depois que o cinturão de explosivos que levava junto ao corpo não detonou durante o ataque na Jordânia. Ela declarou-se inocente. Fonte: Associated Press.

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