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Marchas pró e contra Pegida em Leipzig reúnem muito menos do que o esperado

20:11 | 21/01/2015
Legida, a versão da cidade para o movimento "anti-islamização" da Europa, leva 15 mil às ruas e manifestação contrária tem 20 mil participantes. Acesso à cidade é prejudicado por ataques incendiários em trilhos de trens. A expectativa de reunir aproximadamente 100 mil pessoas, nesta quarta-feira (21/01) em Leipzig, entre manifestantes contra e a favor do Legida a versão da cidade para o movimento "anti-islamização" Pegida não foi concretizada. O comício do Legida, realizado numa praça central de Leipzig, reuniu aproximadamente 10 mil pessoas, segundo dados da polícia. Muitas delas carregavam bandeiras da Alemanha. Posteriormente, a marcha pela cidade contou com 15 mil participantes. O trajeto original do protesto foi encurtado por motivos de segurança. A ópera, localizada de frente à praça do encontro do Legida, a prefeitura e outros monumentos populares da cidade tiveram suas luzes apagadas em sinal de protesto. A manifestação contrária ao movimento Pegida (sigla em alemão para "Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente") foi maior e mais alta. Aproximadamente 20 mil pessoas se manifestaram a favor de tolerância social e contra o racismo e a xenofobia. No encontro de ambos os grupos, os seguidores do Legida foram recepcionados com vaias, gritos de "vão embora" e impedidos de seguir com a sua marcha. Apesar do vasto contingente de 4 mil policiais considerada uma das maiores operações de patrulhamento desde a Reunificação do país houve tumultos e brigas. Na área perto da estação de trem de Leipzig, manifestantes contrários ao Pegida tentaram romper uma barreira de segurança. Segundo a própria polícia, jornalistas também foram atacados ainda é incerto de qual agrupamento partiram as agressões. Também não há confirmação se houve feridos. "É verdade que tivemos problemas em manter os dois lados separados na saída", disse um porta-voz da polícia. Ao menos uma pessoa foi presa. Antes das manifestações houve dois ataques incendiários nos trilhos da ferrovia que liga Dresden a Leipzig. Muitos simpatizantes do Pegida, cuja central fica em Dresden, não puderam chegar a Leipzig, pois, segundo uma porta-voz da Deutsche Bahn (DB), companhia que opera quase todo o serviço ferroviário na Alemanha, os trens tiveram que ser desviados temporariamente de Leipzig. Pegida não reconhece Legida Fato curioso é que o Pegida, de Dresden, está considerando entrar com uma ação judicial contra o Legida, de Leipzig. Segundo a porta-voz e cofundadora do Pegida, Kathrin Oertel, o movimento Legida não deu nenhuma declaração clara de que eles aceitam o catálogo de exigências do Pegida. "Tudo o que será dito e exigido hoje à noite em Leipzig não está acordado conosco. Isso pode ser contraproducente para a percepção comum de nosso movimento. Por isso, estamos considerando entrar com uma liminar", disse Oertel, poucas horas antes das manifestações. Além disso, o líder e fundador do Pegida, Lutz Bachmann, anunciou a sua renúncia de sua posição no movimento. Bachmann havia recebido críticas devido a uma foto em que usa um bigode e um penteado semelhantes aos de Adolf Hitler. Ele afirma que foi "apenas uma piada". PV/dpa/afp
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